O El Niño chegou ao fim. De acordo com especialistas em meteorologia, um dos maiores fenômenos climáticos da nossa região não tem mais efeitos práticos no nosso clima. Contudo, o fato é que outros fenômenos estão chegando. E um dos mais aguardados é o La Niña.
Mas afinal de contas, quando este novo processo vai acontecer? Quais são as principais características? Vai ser quente ou frio? Nas últimas semanas, milhares de especialistas do Brasil e do mundo passaram a fazer projeções sobre o La Niña deste ano. Abaixo, você pode conferir um resumo.
O La Niña
A Agência climática dos Estados Unidos revelou ainda na semana passada que o La Niña tem 85% de chances de acontecer apenas no segundo semestre deste ano, mais precisamente entre os meses de outubro e dezembro. Caso a projeção se confirme, teremos que esperar mais alguns meses por este fenômeno.
Tradicionalmente, o La Niña é conhecido por reduzir a quantidade de chuvas no sul do Brasil, ao mesmo passo em que aumenta no norte.
Segundo projeções da Agência Nacional de Meteorologia, entre os meses de abril, maio e junho – entre o El Niño e a La Niña – o norte, o nordeste e boa parte do centro-oeste devem ter chuvas abaixo da média. O sudeste deve ter chuvas próximas ou abaixo da média.
Quando o assunto é temperatura, a projeção para os próximos meses, ainda considerando as projeções da Agência Nacional de Meteorologia, é que o calor deve permanecer acima da média histórica em todas as regiões do país.
Tanto no caso do El Niño, como também no caso do La Niña, não há uma previsão de tempo de duração. Eles podem durar apenas alguns meses, ou podem perdurar por anos. Fato é que o cidadão precisa se preparar para se proteger dos efeitos de cada um desses fenômenos
Calor
Como dito, a previsão geral para o Brasil é de muito calor em todas as regiões. Por isso, a dica é se cuidar para se proteger dos raios solares e evitar problemas maiores.
Diante deste quadro de perigo, o Ministério da Saúde decidiu lançar recentemente uma cartilha com uma série de dicas para se proteger do calor. A pasta lembra que é impossível se livrar completamente do impacto das altas temperaturas, mas reforça que estas pequenas dicas podem fazer muita diferença no final das contas.
Segundo o Ministério, a principal dica para tentar amenizar o calor é tentar se proteger do sol, e evitar ao máximo a exposição direta aos raios solares:
- Evite a exposição direta ao sol, em especial, de 10h às 16h;
- Se expor ao sol sem a proteção adequada contra os raios ultravioleta deixa a pele vermelha, sensível e até com bolhas. Use protetor solar;
- Use chapéus e óculos escuros (especialmente pessoas de pele clara);
Proteja as crianças com chapéu de abas; - Use roupas leves e que não retêm muito calor;
Diminua os esforços físicos e repouse frequentemente em locais com sombra, frescos e arejados; - Em veículos sem ar-condicionado, deixe as janelas abertas;
- Não deixe crianças ou animais em veículos estacionados.
O Ministério também lembra que é muito importante manter a hidratação:
- Aumente a ingestão de água ou de sucos de frutas naturais, sem adição de açúcar, mesmo sem ter sede;
- Evite bebidas alcoólicas e com elevado teor de açúcar;
- Faça refeições leves, pouco condimentadas e mais frequentes.
- Recém-nascidos, crianças, idosos e pessoas doentes podem não sentir sede. Ofereça-lhes água.
Mesmo as pessoas que não saem de casa durante este período de intenso calor, precisam tomar alguns cuidados:
- Se possível, feche cortinas e/ou janelas mais expostas ao calor e facilite a circulação do ar;
- Abra as janelas durante a noite;
- Utilize menos roupas de cama e vista-se com menos roupas ao dormir, sobretudo, em bebês e pessoas acamadas;
- Informe-se periodicamente sobre o estado de saúde das pessoas que vivem só, idosas ou com dependência que vivam perto de si e ajude-as a protegerem-se do calor;
- Mantenha ambientes úmidos com umidificadores de ar, toalhas molhadas ou baldes de água.