Três professores brasileiros estão entre os 50 finalistas ao prêmio “Nobel da Educação”

A premiação faz parte da Varkey Foundation e é realizada em parceria com a Unesco

Considerado o “Nobel da Educação”, o prêmio Global Teacher Prize 2020 anunciou que três professores brasileiros estão entre os 50 finalistas. A premiação faz parte da Varkey Foundation e é realizada em parceria com a Unesco, braço da Organização das Nações Unidas para educação e cultura. O prêmio é de RU$ 1 milhão, o maior da categoria.

Foram mais de 12.000 indicações e inscrições de mais de 140 países do mundo todo. A seguir você vai conhecer os três educadores finalistas:

Doani Emanuela Bertan – Campinas (SP)

Professora de educação especial e Língua Portuguesa, Doani trabalha na Escola Municipal de Ensino Fundamental Júlio de Mesquita Filho, em Campinas (SP). Ela ensina Libras (Língua Brasileira de Sinais) a alunos ouvintes ou com deficiência auditiva no ensino fundamental 1.

Para atender às necessidades dos alunos, ela começou a gravar vídeos dentro da própria casa e a disponibilizá-los em um canal no YouTube, o Sala 8. O conteúdo é todo adaptado para os estudantes.

Francisco Celso Freitas – Santa Maria (DF)

O professor dá aula de História e é especialista em educação inclusiva no Centro de Ensino da Unidade de Hospitalização de Santa Maria, no Distrito Federal. Na instituição, 80% dos jovens se declaram negros e 100% são moradores de bairros de periferia.

Com um olhar humano e empático, o educador decidiu fazer algo diferente para ajudar esses jovens que não se sentiam representados nos materiais didáticos. Assim, ele passou a trabalhar com um projeto que permitiu o contato dos estudantes com a literatura de maneira transversal ao currículo da rede do DF.

Os jovens da instituição produziram discos e vídeos de rap e participaram de festivais. Esse conteúdo foi disponibilizado online para que outras pessoas possam se beneficiar.

Lília Melo – Belém (PA)

A professora já foi premiada pelo Ministério da Educação no Prêmio Professores do Brasil, por ter lecionado para uma escola na periferia de Belém, Pará. O seu projeto é direcionado para a juventude negra periférica e trata do aprimoramento da arte na escola e na comunidade.

Seu trabalho envolve oficinais nos fins de semana sobre dança, capoeira, teatro e poesia e conta com a participação da comunidade local. Outro projeto intitulado “Amor preto, minha cria” busca a inclusão de famílias em atividades culturais.

Nobel da Educação: entenda mais

O prêmio Global Teacher Prize foi criado para valorizar e reconhecer professores que contribuem de modo impactante em suas profissões e na sociedade. Em 2019, o professor queniano e monge franciscano, Peter Tabichi, foi escolhido o “melhor professor do mundo”.

Ele chamou atenção do mundo por lecionar em uma escola que não tinha recursos, para uma turma de até 58 alunos, e por doar 80% de seu salário para apoiar os estudantes mais pobres.

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