‘Se dependesse de mim, retornava amanhã, mas temos os riscos’, diz ministro da Educação sobre reabertura de escolas

Milton Ribeiro declarou que o intuito é retornar com aulas presenciais ainda em 2020, mas por enquanto a data é incerta

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, declarou na manhã desta quinta-feira (17) que seu desejo é de que as aulas presenciais retornassem logo. Entretanto, de acordo com ele, ainda faltam resultados positivos quanto à biossegurança.

“Se dependesse de mim, retornava amanhã, mas temos os riscos”, afirmou Milton Ribeiro. Sua declaração ocorreu em meio a parlamentares durante uma reunião virtual na Comissão Mista que monitora as ações contra o coronavírus.

“Estamos empenhados em caminhar para o retorno das aulas, observados todos os protocolos de biossegurança”, disse Ribeiro. Ele ainda destacou que o MEC enviará R$ 500 milhões a estados e municípios para auxiliar na volta das aulas.

Enquanto o MEC prepara documento de biossegurança voltado para a educação básica, o ministro explicou que essa reabertura das escolas não depende só do MEC. De acordo com ele, deve-se atentar às condições de cada região em relação à pandemia.

“Se alguém quer saber a opinião do ministro, é esta, considerando ainda as questões de segurança”, ressalva. “Não podemos colocar em risco as crianças e adolescentes, e também os jovens das universidades”, argumentou Milton Ribeiro.

Volta das escolas ainda em 2020

De acordo com o ministro, as escolas devem reabrir ainda em 2020 se tudo correr bem. “Estamos trabalhando para retorno o mais breve possível, para a volta às aulas, para pegar este fim de ano e deixar as crianças animadas para o ano que vem”, afirmou.

Ele disse que a situação das escolas deve ser avaliada para entender quais os danos sofridos em seis meses de fechamento. “Logo, logo, teremos controle da situação”, afirmou, anunciando assim a elaboração de um painel para exibir o panorama geral do desempenho das instituições.

Apesar das escolas estarem atribuladas e o ensino defasado sem as aulas presenciais, segundo Ribeiro, não há que se pensar em ‘ano perdido’.

“Com relação a se perdemos o ano, eu acho que nada é perdido. Com todo respeito que tenho, e meus sentimentos, quem perdeu a vida, perdeu o ano. Nós que estamos aqui, vivos, alguma coisa nós aprendemos: aprendemos a usar um pouco melhor os meios virtuais, as escolas se prepararam, nós tivemos… demos um passo a mais, subimos um degrau na questão de higiene e cuidados sanitários. Com relação à didática, nós não vamos perder em relação ao mundo, porque o mundo inteiro está na mesma página”, afirmou. “Com relação à deficiência de aprendizado, certamente professores e técnicas modernas [de ensino] vão conseguir superar essas condições”, disse.

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