Educação: A desigualdade social refletida no Ideb

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é o principal indicador de qualidade da educação no Brasil. Criado em 2007, o Ideb funciona como um medidor a partir do qual se pode estabelecer metas para a melhoria do ensino no país.

Desse modo, o índice é medido a cada dois anos a partir das notas obtidas pelos estudantes no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Nesse sentido, há a avaliação de 0 a 10 dos conhecimentos dos alunos em relação às disciplinas de matemática e de língua portuguesa.

Neste ano, o Inep divulgou em setembro os resultados do Ideb, que mesmo registrando melhoras, ainda ficou abaixo da média tanto no ensino fundamental (4,9) como ensino médio (4,2). Apesar disso, em termos numéricos houve muita melhora nos níveis de qualidade.

Disparidades na educação

No entanto, mesmo com o cumprimento da meta de 2019, o Ideb revelou o reflexo da desigualdade social na educação. De acordo com os dados apresentados, o Brasil tem uma série de diferenças educacionais, quando se observa os números por região, estado e município.

Desse modo, no Norte do país, apenas 36,4% dos municípios conseguiram atingir a meta para a rede pública, ou seja, apenas seis em cada dez municípios. Além disso, as redes públicas municipais com um índice 6 ou acima de 6 é de apenas 4,9%.

Em contrapartida, 73,9% das redes municipais da região Sudeste atingiram o índice 6 ou mais. Desse modo, São Paulo é o estado com melhor porcentagem de redes municipais com essa pontuação em todo o país, chegando a 91,3%. A região Nordeste também teve uma avaliação inferior.

Nos estados do Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins menos da metade dos municípios conseguiu alcançar a meta que foi estipulada para as redes públicas de ensino, de modo que fica evidente a questão da desigualdade social.

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