A pandemia gerada pelo novo coronavírus afetou todo o mundo em diversas áreas. Principalmente na área da saúde, da economia e da educação os impactos já podem ser sentidos.
No Brasil, as aulas foram suspensas em março, quando foram identificados oficialmente os primeiros casos de coronavírus no país. Desse modo, as atividades da área da educação (em sua maioria) estão paralisadas e assim seguem ainda no segundo semestre do ano.
Apenas em Manaus as aulas foram retomadas presencialmente em escolas particulares e com um série de restrições. As instituições particulares de diversos níveis de ensino deram continuidade ao ano letivo remotamente, contudo, poucas universidades e escolas públicas puderam adotar o ensino à distância.
Com isso, os alunos vem sendo fortemente afetados, bem como os profissionais da área da educação. Entre os impactos negativos que a pandemia pode trazer a longo prazo para a educação está o risco de aumento na evasão escolar e danos à saúde emocional.
Estudantes
O Conselho Nacional da Juventude (CONJUVE) realizou pesquisa com 33 mil participantes –em parceria com Em Movimento, Fundação Roberto Marinho, Mapa Educação, Porvir, Rede Conhecimento Social, Unesco e Visão Mundial – intitulada Juventudes e a Pandemia do Coronavírus.
A pesquisa revelou números que devem servir de alerta para os gestores da área de educação. Cerca de 30% dos jovens que responderam à pesquisa pensam em deixar a escola. Já 49% daqueles que pretendem prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pensaram/pensam em desistir.
Os fatores de desestímulo vão além de falta de ferramentas como computadores e acesso à internet para o estudo domiciliar, a falta de equilíbrio emocional dos jovens nesse momento de pandemia também tem se revelado um grande problema.
Professores
Já uma pesquisa do Instituto Península sobre os impactos da pandemia na educação ouviu 2.400 professores da educação básica. Nesse sentido, foram entrevistados tanto professores da rede privada quanto da rede pública.
Além do número alarmante de professores que afirmam não se sentirem qualificados para lidar com o ensino remoto (83,4%), o quadro emocional dos docentes chama atenção.
Os docentes estão extremamente insatisfeitos com o trabalho e reclamam da falta de apoio das instituições de ensino para lidar com as questões emocionais. Nesse sentido, muitos dos educadores ouvidos pelo Instituto demonstraram ansiedade, cerca de 67%.
Além disso, estudantes brasileiros que estudam em cursos no exterior têm encontrado uma série de dificuldades para a sua permanência em instituições. Veja mais aqui: Estudantes brasileiros encontram dificuldade para permanência em universidades portuguesas.
Esses são alguns dos impactos causados pela pandemia no Brasil e se faz urgente pensar em soluções para lidar com os efeitos disso tudo a médio e longo prazo.
Fonte: Porvir.
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