Após auxílio emergencial, queda de gastos é menor na classe C

Classe C foi a responsável por sustentar os gastos com alimentos e produtos de higiene

A Nielsen fez pesquisa para analisar o uso do auxílio emergencial por seus beneficiários. De acordo com o levantamento, a classe C foi responsável por sustentar gastos com alimentos e produtos de higiene e limpeza durante a pandemia do novo coronavírus.

O levantamento comparou o segundo semestre de 2019 com o primeiro semestre de 2020. A conclusão foi de que a classe C apresentou queda de 0,6% nos gastos. As demais classes sociais tiveram queda de 2,7% nos gastos.

“O que significa que muito possivelmente a classe C pode ser sim o motor para fazer com que os gastos caiam menos. Não é que está impulsionando para um crescimento, ainda não tem essa força, mas é sim a classe social que está conseguindo fazer com que o consumo retraia menos”, afirmou Andrea Stoll, gerente da Nielsen Brasil.

É considerado classe C o brasileiro com renda per capita entre R$ 500 e R$ 2.000. De acordo com Andrea, todas as classes sociais estão diminuindo os gastos, mas a classe C está menos.

Levantamento relacionado em maio mostrou ainda que 80% dos beneficiários do auxílio emergencial tinham intenção de utilizar o valor do programa para pagar contas. Entretanto, nas classes mais baixas, havia mais intenção de gastos em produtos de alimentação.

Relacionando esses dados com o gasto geral e levando em conta o primeiro semestre de 2020 com o segundo do ano passado, os domicílios do Brasil tiveram queda de quase 3% no valor total, com a classe C sofrendo menor variação.

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