Bolsonaro diz que auxílio emergencial é ‘endividamento’

Presidente desmentiu que pagamento do auxílio emergencial é feito com "dinheiro do povo"

Em sua live semanal, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou sobre o auxílio emergencial. De acordo com o presidente, o dinheiro usado para pagar o auxílio emergencial não vem “do povo”, e sim é fruto de endividamento. O presidente afirmou que o governo não tinha esse dinheiro no caixa.

“Alguns dizem que é dinheiro do povo, mas não é. É endividamento. Não tínhamos isso em caixa”, afirmou Bolsonaro. As lives semanais do presidente acontecem sempre às quintas-feiras.

Bolsonaro também afirmou que a alta dos preços do arroz e outros alimentos da cesta básica aconteceu por causa do auxílio emergencial. De acordo com o presidente, os mais pobres com mais dinheiro circulando graças ao auxílio foi um agente direto para esse aumento. “Consequência de dinheiro no mercado é a inflação”, disse ele.

O presidente explicou ainda que o auxílio emergencial foi pago pela Caixa Econômica Federal (CEF) em conta poupança social digital pela falta de papel moeda. Por isso, segundo ele, a nota de R$ 200 foi criada. “A gente estava com problema de papel, veio a nota de R$ 200, acabou o problema, por isso o pagamento digital, imagina uma corrida ao banco, seria mais R$ 50 bilhões por mês. Vi muita gente comentando que a intenção do governo era colaborar com a corrupção”, afirmou.

Pedro Guimarães, presidente da Caixa, também participou da live e afirmou que o novo cronograma do auxílio emergencial será divulgado em breve. Atualmente, os beneficiários aguardam o anúncio do cronograma da prorrogação das parcelas de R$ 300, que serão pagas até dezembro.

Auxílio prorrogado até dezembro

O presidente Jair Bolsonaro anunciou a prorrogação do auxílio emergencial por quatro meses no valor de R$ 300. A extensão do auxílio já foi oficializada por meio de medida provisória e agora terá que ser aprovada por deputados e senadores no Congresso Nacional.

“Não é um valor o suficiente muitas vezes para todas as necessidades, mas basicamente atende. O valor definido agora há pouco é um pouco superior a 50% do valor do Bolsa Família. Então, decidimos aqui, até atendendo a economia em cima da responsabilidade fiscal, fixá-lo em R$ 300”, disse Bolsonaro. 

Neste ano, o Executivo depositou cinco parcelas de R$ 600 para os beneficiários do auxílio, visando ajudar os brasileiros de baixa renda, trabalhadores informais, MEIs, autônomos e desempregados.   

O presidente Jair Bolsonaro já havia informado sobre a redução do valor do benefício e argumenta que, se o valo pode parecer pouco para os brasileiros afetados pela pandemia, “é muito para quem paga, no caso, o Brasil”.  

De acordo com cálculos feitos pela equipe econômica, o custo mensal do benefício foi de R$ 50 bilhões por mês durante a primeira fase do programa. 

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