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Economia: IBGE aponta queda da necessidade de financiamento do governo

A necessidade de financiamento líquido do governo geral atingiu R$ 201,5 bilhões, em 2021, segundo dados do IBGE. Confira!

A necessidade de financiamento líquido do governo geral atingiu R$ 201,5 bilhões, em 2021, segundo dados do IBGE, informa a Agência Brasil.

Economia: IBGE aponta queda da necessidade de financiamento do governo

O valor equivale a um recuo de 77,5% em relação ao ano anterior, quando sofreu forte influência da crise provocada pela pandemia da covid-19. O crescimento de 25,8% da receita total ante o avanço de 1,8% dos gastos computados nos três níveis de governo favoreceram o resultado.

Componentes da receita

Além disso, a variação positiva de todos os componentes da receita: receita de impostos (28,2%), contribuições sociais (12,1%) e outras receitas (43,9%) permitiram o seu desempenho em 2021. Os dados estão nas Estatísticas de Finanças Públicas, divulgados hoje (23), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Impostos

Os números indicaram ainda que todos os itens em relação aos impostos tiveram elevação. O destaque foi para impostos sobre comércio e transações internacionais (35,7%), impostos sobre renda, lucros e ganhos de capital (32,6%) e impostos sobre bens e serviços (27,2%). Os impostos sobre a propriedade cresceram 17,8% e os sobre a folha de pagamentos 12,7%.

Com o crescimento de 85,3% no período, as rendas patrimoniais tiveram contribuição relevante entre as fontes das receitas totais. Segundo o IBGE, o percentual resultou da alta de 54,5% nas receitas com juros e ao forte aumento da arrecadação de dividendos (384,2%), em consequência dos desempenhos financeiros positivos das empresas estatais federais, e da arrecadação de concessões de ativos não produzidos (99,1%), sendo em maior parte dos royalties do petróleo, na esfera federal, e de privatizações na esfera estadual, com maior destaque para o leilão da Cedae-RJ.

Benefícios previdenciários

A queda de 15,7% nos pagamentos de benefícios previdenciários e assistenciais foi o principal motivo do crescimento de apenas 1,8% dos gastos e, consequentemente, para a redução da Necessidade de Financiamento Líquida em relação a 2020. 

As remunerações tiveram variação positiva de 5,5% e as despesas com bens e serviços obtiveram crescimento de 13,7%. Já as despesas com juros, com subsídios e outros gastos também variaram positivamente em 38,7%, 6,4% e 37,5%, respectivamente, destaca a Agência Brasil.

Benefícios sociais

As Estatísticas de Finanças Públicas 2021 mostraram ainda que a categoria dos Benefícios de Assistência Social da classificação da Conta Intermediária de Governo, que em 2020 tinha registrado total gasto de R$ 415 bilhões, teve variação negativa de 58,8% em 2021, com gasto total de 171 bilhões. 

A explicação é a redução dos gastos com benefícios sociais, que apresentaram aumento excepcional em 2020, uma vez que esta categoria concentrou parte expressiva dos recursos destinados ao enfrentamento da crise da pandemia, com destaque para o auxílio emergencial e o benefício para a manutenção do emprego e de renda, segundo informações da Agência Brasil.

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