Muitas pessoas questionam, principalmente em tempos de eleições, se elas podem perder seu emprego por ter opiniões políticas divergentes de seu chefe. Todavia, o empregador tem o direito de organizar sua empresa da maneira que pensar ser a mais correta. De fato, ele muitas vezes possui metas e objetivos dentro da companhia.
A princípio, o empregador pode definir a execução do trabalho dentro da organização empresarial por seus funcionários. Sendo assim, ele pode estabelecer algumas regras seguidas por todos os colaboradores da empresa, além de escolher quem fará parte do quadro de pessoal da companhia.
Por outro lado, a rescisão do contrato de trabalho do funcionário precisa respeitar a sua dignidade e não violar seus direitos. Ademais, tirando os casos de estabilidade no emprego, o empregador, chefe, pode dispensar mesmo sem justa causa, qualquer um de seus funcionários, sem precisar de uma justificativa para tal.
Analogamente, essa liberdade dada ao empregador não é ilimitada. É preciso respeitar os direitos fundamentais do trabalhador. Isso quer dizer que quaisquer dispensa do funcionário de uma empresa, baseada em discriminação é proibida e pode trazer inúmeros problemas para a organização empresarial.
Muitas pessoas têm dúvidas se a perda do emprego por divergências políticas pode ser um caso de discriminação. Enfim, ela pode sim ser discriminatória e é proibida. Dessa maneira, a opção por uma visão política é considerada uma escolha individual, e cada um possui uma certa convicção.
Pela lei, cada ser humano tem o direito de autodeterminação, e isso inclui suas convicções políticas. Em síntese, a livre escolha, neste sentido, é um exercício de sua cidadania, além dos seus valores democráticos. Portanto, o trabalhador não pode sofrer coação ou punição, devido a suas escolhas.
No caso de o funcionário de uma empresa perder seu emprego por conta de posições políticas diferentes das do empregador, ele terá então direito a uma indenização por dano moral. Além disso, o funcionário terá o direito de solicitar a sua reintegração ao seu posto de trabalho. Enfim, neste cenário, deve-se observar o direito de todo profissional.
Agora, se o trabalhador fizer propaganda política dentro da empresa, e essa conduta for proibida dentro da organização, ele poderá ter seu contrato de trabalho rescindido por justa causa. O funcionário, caso for, poderá sofrer punições mais leves se não alterar a sua conduta dentro da companhia em que trabalha.
Durante campanhas presidenciais, é bastante comum que haja uma discussão de política entre os funcionários de uma empresa. Neste período acontecem debates sobre o assunto nas mais variadas mídias. Aliás, a política está presente nos noticiários, manchetes de jornais, capas de revista, blogs, podcasts e muito mais.
Existem pessoas nessa época que fogem do assunto, mudando de canal, lendo outras notícias, enfim, não se preocupam. Outras, no entanto, acabam debatendo o assunto nas redes sociais, lendo matérias, escrevendo e participando ativamente. Desse modo, elas acabam por levar as eleições para dentro da organização.
Na realidade, durante o dia a dia das empresas, o assunto acaba sendo discutido durante intervalos de café, nos corredores da organização, e até mesmo no início de uma reunião. é preciso discutir de uma maneira impessoal, para que não haja um debate caloroso por conta de divergências políticas, ou até mesmo uma animosidade.
Dependendo da situação, como falado anteriormente, a pessoa pode inclusive perder o seu emprego. As empresas fazem parte da sociedade e os movimentos políticos trazem consequências diretas ou indiretas para a economia do país. Então aí vem a pergunta, será que discutir política dentro de uma empresa é certo?
Muitas pessoas podem achar que não se deve discutir política dentro de uma empresa, não apenas por ter medo de perder seu emprego. Isso se deve ao fato de que é importante focar na produtividade, na busca por melhores resultados. Por outro lado, há quem acha que pode sim, visto que é um exercício da cidadania.
Em conclusão, cada pessoa possui direitos e deveres dentro de uma sociedade. É preciso garantir uma certa harmonia no exercício de uma opinião em espaços como dentro de uma empresa. Uma pessoa jurídica também se insere neste contexto, visto que, por exemplo, o resultado de uma eleição geraria um impacto em seu negócio.