O Benefício de Prestação Continuada (BPC) representa uma conquista significativa para a segurança social no Brasil. Isso porque ele oferece suporte financeiro às pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade econômica.
No entanto, muitos beneficiários vivem com o medo de perder esse auxílio vital. Você sabe quais são os motivos que podem levar ao bloqueio do BPC e como evitar que isso aconteça? Confira a seguir.
Principais Motivos de Bloqueio do BPC
Será que é mesmo possível perder o BPC? A resposta é SIM. No entanto, é importante entender quais são as situação que isso pode acontecer. Assim, poderá se proteger e garantir a continuidade do benefício.
1 – Renda familiar acima do limite
O primeiro motivo que pode levar ao bloqueio do BPC é a família ter a renda mensal acima do limite que o programa permite. Isso porque o benefício é um auxílio que atende as famílias de baixa renda.
Nesse sentido, para participar é necessário ter renda per capita inferior a um quarto do salário mínimo, ou seja, R$ 353 por pessoa em 2024. Assim, se a renda familiar aumentar e ultrapassar esse limite, o benefício pode ser bloqueado.
2 – Falta de atualização cadastral
Uma das regras para participar do BPC é ser inscrito no Cadastro Único do Governo Federal para Benefícios Sociais (CadÚnico). A família deve atualizar esse cadastro a cada dois anos ou sempre que houver alguma mudança em seus dados.
Dessa maneira, a falta de atualização também pode ser um dos motivos para o bloqueio do BPC.
3 – Recebimento de outro benefício
É importante lembrar que não é possível receber o BPC e outro benefício previdenciário ao mesmo tempo. Por isso, se o beneficiário passa a receber uma pensão ou aposentadoria, por exemplo, poderá comprometer a renda que advém do Governo Federal.
4 – Inconsistências ou fraudes
Em caso de inconsistência de informações ou mesmo em possíveis fraudes no cadastro, o Governo Federal poderá realizar o bloqueio do benefício até que hajam os devidos esclarecimentos.
Como evitar o bloqueio do BPC?
O beneficiário do BPC deve ficar atento para evitar o bloqueio do seu benefício. A seguir, confira algumas dicas simples e práticas para se proteger:
- Mantenha a renda familiar dentro do limite: monitore a renda de sua família e, se necessário, busque orientação jurídica para entender melhor as regras do BPC;
- Atualize seus dados regularmente: visite o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo para manter seu cadastro no CadÚnico sempre atualizado;
- Informe recebimento de outros benefícios: se você passar a receber outro benefício social, informe imediatamente ao INSS para evitar problemas;
- Seja transparente: forneça informações precisas e verdadeiras para evitar complicações com o seu benefício.
Entenda mais sobre o BPC
O BPC faz parte de um programa do Governo Federal para garantir o sustento dos idosos e deficientes de baixa renda. Dessa maneira, para participar do programa, é necessário cumprir as seguintes regras:
- Ser pessoa com deficiência ou idoso com 65 anos ou mais;
- Ter renda familiar per capita inferior a um quarto do salário mínimo vigente (R$ 353 em 2024);
- Estar inscrito no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico);
- Possuir Número de Identificação Social (NIS).
Para garantir o recebimento do benefício, além de cumprir as regras anteriores, o candidato deve provar que não possui meios de garantir a sua renda e nem receber ajuda da família, por meio da renda mensal.
Pagamento do 13º salário
Uma das dúvidas mais comuns entre os beneficiários do BPC é sobre a aprovação o pagamento do 13º salário.
No entanto, vale lembrar que, apesar de ser pago pelo INSS, o BPC não é um benefício previdenciário. Prova disso é que não é necessário ter contribuído para o INSS para participar e receber as parcelas mensais.
Na verdade, ele é um benefício assistencial do Governo Federal. Assim, a previdência apenas veicula o pagamento, seguindo o seu calendário de repasses mensais.
Dessa forma, o BPC não dá direito ao pagamento do 13º salário, se equiparando a outros benefícios sociais, como o Bolsa Família e o Auxílio Gás, por exemplo.
Sendo assim, o governo não prevê o repasse do décimo terceiro para os beneficiários do programa e nem mesmo pretende inclui-lo nos próximos anos, visando o seu caráter assistencial.