PIX terá cobranças de taxas a partir de 2023? Veja
Ao menos até aqui, não há nenhuma proposta ou indicação de taxação ou mudanças no sistema do Pix
O sistema de transferência por Pix parece ter chegado para ficar no Brasil. Milhões de brasileiros já costumam usar a ferramenta para pagar ou receber dinheiro de forma mais rápida de maneira eletrônica. Nas eleições deste ano, começou a surgir a ideia de que o sistema poderia começar a ser taxado. Contudo, trata-se apenas de uma fake news.
Não há nenhuma indicação de que a campanha do presidente eleito Lula (PT) chegou a estudar a possibilidade de taxar as transações por Pix. De acordo com as notícias falsas, o governo começaria a cobrar um valor por cada transferência. A assessoria do PT, no entanto, nega que esta seja a intenção do presidente eleito.
Também é falso que o futuro governo estaria planejando acabar com o sistema. Assim, o cidadão pode ficar tranquilo. Ao menos até este dia 1º de novembro de 2022, não há nenhuma indicação de mudanças significativas sobre o sistema de PIX. Em regra geral, tudo deverá permanecer como está atualmente, e qualquer mudança acontecerá no sentido de melhorar o sistema.
Vale lembrar que o processo de transferência por Pix foi criado por servidores do Banco Central (BC) e os estudos começaram ainda durante o governo do ex-presidente Michel Temer. Logo depois, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) não aplicou nenhuma alteração e Lula deverá se comportar da mesma forma nos próximos quatro anos.
Aliás, qualquer cidadão pode criar um pix para chamar de seu. Para tanto, basta acessar o app do seu banco em seu celular e criar uma chave própria. Assim, o indivíduo poderá receber e transferir dinheiro com mais velocidade e praticidade.
Fake news
Recentemente, até mesmo o portal de notícias UOL teve que se pronunciar sobre as fake news que estavam circulando. A montagem que estava sendo compartilhada levava o selo do site.
“É falso que o UOL tenha publicado que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que vai começar a taxar transferências bancárias por Pix, após encontro com banqueiros”, diz uma postagem do site ainda durante o segundo turno das eleições presidenciais.
“Não há nenhuma matéria sobre o assunto e o UOL Confere já publicou inclusive um desmentido sobre suposto apoio de banqueiros ao petista em troca da revogação do Pix”, completa a nota do site, negando mais uma narrativa falsa que circula pela internet.
Além do PIX
O Pix não foi o único alvo de fake news durante o processo eleitoral deste ano. Tampouco, o presidente eleito Lula (PT) foi a única vítima. Centenas de informações falsas circularam e podem ter atrapalhado o processo eleitoral deste ano.
É falso, por exemplo, que o presidente Jair Bolsonaro tenha estudado a redução do salário mínimo ou o corte de benefícios sociais como seguro-desemprego e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos trabalhadores.
Também é falso que o ex-presidente Lula lançou projetos para tentar fechar igrejas ou criar banheiros públicos unissex. Boa parte destas mentiras foram bloqueadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas algumas delas circulam até hoje.