Dois projetos na Câmara pretendem levantar valor do Auxílio Emergencial

Dois projetos na Câmara pretendem levantar valor do Auxílio Emergencial

Ao menos dois projetos em tramitação na Câmara dos Deputados querem aumentar o valor do atual Auxílio Emergencial. Atualmente o programa do Governo Federal está pagando quatro parcelas de valores que variam entre R$ 150 e R$ 375.

O primeiro desses projeto é de autoria do Deputado Federal André Janones (Avante-MG). De acordo com ele, a ideia é subir os valores desse Auxílio para uma base universal de R$ 500 até o final deste ano de 2021. Então todos receberiam um aumento e ficariam no programa até dezembro.

No entanto, o próprio projeto afirma que esse prazo pode aumentar. É que o texto fala em final do ano ou em melhoria da pandemia no Brasil para chegar ao fim. Então se, por exemplo, o período pandêmico entrar pelo ano de 2022, o Governo seguiria realizando os pagamentos normalmente.

Outra regra que mudaria seria a questão da quantidade de pessoas que recebem o benefício em uma mesma casa. Hoje, apenas um membro da família pode ser beneficiária. O projeto de Janones prevê o aumento para dois integrantes. Seria algo semelhante ao que aconteceu no ano passado com o programa do Governo Federal.

Ao todo, o projeto de Janones custaria aos cofres públicos uma bagatela de R$ 33 bilhões. De acordo com o parlamentar, dá para tirar esse dinheiro de fontes diversas. No texto, ele cita, por exemplo, o corte de 10% das atuais renúncias fiscais que o Governo Federal concede.

Projeto na Câmara

O segundo projeto que prevê o aumento no valor do Auxílio Emergencial é de autoria conjunta da bancada do Psol. Trata-se portanto de um partido de esquerda que faz oposição ao Governo do Presidente Jair Bolsonaro. Eles são críticos dos valores atuais.

De acordo com a ideia deles, o valor do Auxílio Emergencial subiria para a casa dos R$ 600. E ao contrário do atual, que deve durar até julho, o programa do PSOL duraria por tempo indeterminado. Então enquanto as pessoas precisassem do dinheiro, elas teriam as quantias.

E isso independeria da Pandemia do novo coronavírus. Então mesmo que todos os brasileiros recebessem o imunizante, o Governo seguiria pagando o benefício. Eles afirmam que a ideia é que o programa chegue no bolso de 80 milhões de brasileiros. Isso é o equivalente portanto a 40% da população brasileira.

Na ideia do PSOL, as pessoas que receberiam o benefício são aquelas que recebem até meio salário mínimo (R$ 550) de maneira per capita. Além disso, os brasileiros que possuem uma renda familiar total de até R$ 3.300 também teriam o direito de receber o benefício em questão.

Nesse projeto, o partido não deixa claro quanto gastaria por ano com esses pagamentos. Sabe-se, no entanto, que não seria pouco dinheiro. Eles afirmam no projeto que pagariam tudo isso com a criação de um imposto sobre grandes fortunas.

Auxílio vai aumentar?

É importante lembrar que esses projetos ainda estão em fase de tramitação na Câmara dos Deputados. Isso quer dizer portanto que eles estão longe de passar por uma efetivação de fato. E a tendência é que eles não passem. É que o Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) disse inúmeras vezes que não colocaria projetos assim em votação.

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