De acordo com dados do Banco Central e da Confederação Nacional do Comércio, ao longo dos últimos anos a população brasileira ficou mais endividada. Nesse sentido, mais de 50% das famílias possuem dívidas, frutos de cartões de crédito, financiamentos, empréstimos, entre outros motivos. No entanto, existe a possibilidade de renegociação dessas dívidas.
As dívidas com bancos devem ser evitadas ao máximo pelos consumidores, tendo em vista que os seus juros geralmente são muito altos, fazendo com que o valor aumente muito rapidamente. Dessa forma, o endividado acaba entrando em um ciclo que não consegue sair mais.
Os bancos são muito rígidos quando se trata da cobrança de dívidas, constantemente ligando e entrando em contato com o cliente. Isso pode gerar grande estresse e ansiedade em quem está negativado.
Além disso, deixar de pagar uma dívida bancária pode prejudicar muito a vida do consumidor. Isso porque a pontuação de crédito fica baixa, o que pode impedir ou dificultar a contratação de empréstimos, aprovação de cartões de crédito, entre outros problemas.
Como renegociar as dívidas
O primeiro passo para renegociar as dívidas é saber exatamente o quanto está devendo. para isso, é recomendado a contratação de um credor, pedindo o valor da dívida atualizada, junto de todos os juros e taxas. Isso faz com que seja mais fácil a apresentação de uma proposta de pagamento.
Em seguida, deve-se saber exatamente o quanto está disponível todos os meses para pagar esta dívida. O recomendado é que se faça uma planilha no computador, para se ter uma noção geral das finanças. isso significa saber exatamente quanto dinheiro entra, os gastos fixos e também os gastos eventuais.
É importante ficar atento, caso vá parcelar a dívida, com os juros que serão impostos na renegociação, isso porque muitas vezes o consumidor acaba pagando mais caro no final. Inclusive, caso consiga pagar à vista, o recomendado é que se exija um desconto maior.
Por fim, apenas aceite uma proposta de renegociação de dívida caso realmente possa arcar com ela. Caso tenha dúvidas, não aceite, pois isso apenas irá gerar mais problemas no futuro.
As dívidas deixam de existir com o tempo?
Por mais estranho que isso possa parecer, a resposta é sim. No Brasil, de acordo com o Código Civil, o prazo máximo para que uma dívida prescreva, e não possa mais ser cobrada na Justiça, é de 5 anos.
No entanto, mesmo após o final deste prazo, os bancos ainda podem tentar seguir negociando a dívida com o cliente. Isso porque o nome do endividado ainda pode ser incluído no SPC e Serasa, por exemplo.
Além disso, o prazo de prescrição da dívida também pode ser interrompido em algumas situações, o que faz com que demore mais tempo para que ela deixe de existir. Isso ocorre caso o devedor reconheça o débito e efetue um pagamento parcial, ou também quando o credor entra com uma ação judicial cobrando o valor devido.