Diretora do FMI diz que o fim prematuro do auxílio pode prejudicar recuperação do Brasil
O fim prematuro do auxílio emergencial pode resultar em maior dificuldade na recuperação econômica, aumento da desigualdade e fazer com que o país chegue a 24 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza. As estimativas são da diretora do FMI (Fundo Monetário Internacional), Kristalina Georgieva.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que não haverá uma nova prorrogação do auxílio, mas Kristalina alerta que cortar o benefício cedo demais é um risco.
De acordo com a economista, os países que ainda possuem espaço fiscal devem utilizá-lo para acelerar a recuperação econômica. No entanto, no caso do Brasil, a economista diz que essa margem é limitada e que é preciso que as autoridades se comprometam com o teto fiscal.
Bolsonaro desiste de Renda Brasil e auxílio emergencial
Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro voltou a confirmar que o auxílio emergencial não será prorrogado. Além disso, o chefe do executivo confirmou que não será criado um novo programa de distribuição de renda e afirmou que a ideia é “aumentar um pouquinho” o atual programa assistencial Bolsa Família.
Segundo Bolsonaro, o auxílio pago a vulneráveis por causa da crise provocada pela Covid-19 tem caráter emergencial. Segundo ele, o Brasil conta com uma capacidade de endividamento e não pode se “desequilibrar”.
“Quem falar em Renda Brasil, eu vou dar cartão vermelho, não tem mais conversa”, disse Bolsonaro em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, da TV Band. O Renda Brasil era o programa previsto pelo Governo para substituir o Bolsa Família.
“Auxílio é emergencial, o próprio nome diz: é emergencial, Não podemos ficar sinalizando em prorrogar e prorrogar e prorrogar”, disse o presidente, acrescentando que “acaba agora em dezembro”.