Extensão do auxílio emergencial reduziria pobreza; governo foca no Bolsa Família

Como forma de amenizar a crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus, uma das ideias do governo é aumentar o número de brasileiros que recebem o Bolsa Família. Por ora, o governo descarta prorrogar o auxílio emergencial. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o programa foi responsável por reduzir a pobreza no Brasil.

De acordo com a FGV, em estudo divulgado pelo Correio Braziliense, a pobreza no Brasil diminuiu de 11% para 4,5% durante a época de pagamento do auxílio emergencial. O programa começou a ser pago em abril ed 2020 e finalizou o calendário para todos os beneficiários em dezembro.

Entretanto, após alguns meses de pagamento e as cinco parcelas de R$ 600 serem pagas, os beneficiários receberam prorrogação de R$ 300 por mês. Com o valor do benefício caindo pela metade, a pobreza voltou aumentar no Brasil e atingiu 8,5% em novembro do ano passado.

Com o fim do auxílio emergencial, o índice de pobreza no Brasil deve ser de 12,8%. Se o índice for confirmado, será o maior desde 2012 e deve ter 16,9 milhões de brasileiros na pobreza. O número representa 2,4 milhões de famílias a mais do que o alcance do Bolsa Família.

Atualmente, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discute Medida Provisória (MP) com Onyx Lorenzoni, ministro da Cidadania, para ser publicada ainda em janeiro. Os dois avaliam incluir mais 300 mil famílias do Bolsa Família, saltando os beneficiários do programa de 14,2 milhões para 14,5 milhões. E o valor de pagamento do benefício deve subir de R$ 190 mensais para R$ 200.

O governo tem previsão de gasto de R$ 34,8 bilhões para a reestruturação do Bolsa Família no Projeto de Lei Orçamentária Anual. Entretanto, de acordo com os cálculos da Fundação Getulio Vargas, o orçamento do ano do Bolsa Família deveria ser de cerca de R$ 70 bilhões para ser o suficiente para barrar a alta da pobreza.

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