O desemprego no Brasil em 2022 caiu a 9,3%, uma retração de 3,9 pontos percentuais se comparado a 2021, quando marcou 13,2%. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foram divulgados nesta terça-feira (28).
Pessoas em busca de trabalho
“No entanto, o número de pessoas em busca de trabalho está 46,4% mais alto que em 2014, quando o mercado de trabalho tinha o menor contingente de desocupados (6,8 milhões) da série histórica da PNAD Contínua”, destacou o IBGE.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
Recuperação pós-pandemia
“O resultado anual é o menor desde 2015, mostrando que o mercado de trabalho não apenas confirma a tendência de recuperação após o impacto da pandemia da Covid-19, como ultrapassa o patamar pré-pandemia”, diz o instituto em nota.
Desemprego no Brasil no último trimestre
Nos três últimos meses do ano, a taxa caiu a 7,9%, uma queda de 0,8 ponto em comparação com o trimestre de julho a setembro. O mercado esperava que a taxa ficasse em 8%, segundo pesquisa da Reuters.
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, os resultados mostram que 2022 concretizou o processo de recuperação iniciado no ano anterior.
“2021 foi de transição, saindo do pior momento da série histórica, sob o impacto da pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. Já 2022 marca a consolidação do processo de recuperação”, afirmou em nota.
“Em dois anos, a desocupação do mercado de trabalho recuou 4,5 p.p.”
Geração de emprego em 2022
2022 também registrou um aumento de 9,2% no número de empregados com carteira de trabalho assinada. O país atingiu o patamar de 35,9 milhões de pessoas.
“Embora venha crescendo nos últimos dois anos, o índice ainda não é o suficiente para atingir o patamar de 2014, o maior da série”, disse Beringuy. Em contrapartida, a média anual de empregados sem carteira assinada também aumentou, a 14,9% — o maior patamar da série histórica. Entre os anos de 2021 e 2022, o dado subiu de 11,2 milhões de pessoas para 12,9 milhões.
População ocupada
Consolidando a recuperação em 2022, outros índices também tiveram destaque.
A população ocupada média anual cresceu 7,4% em comparação com 2021, um incremento de mais 6,7 milhões de pessoas, chegando a 98 milhões. O nível de ocupação também cresceu pelo segundo ano consecutivo, após o menor patamar em 2020 (51,2%) e registrou 56,6%, em 2022.