Desemprego no Brasil fecha 2023 em 7,4%, MENOR nível desde 2014

A taxa de desocupação caiu para 7,4% no quarto trimestre de 2023. O mercado de trabalho brasileiro conseguiu apresentar uma recuperação firme em 2023, refletindo o bom momento do primeiro ano do governo Lula.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a menor taxa de desemprego para o período desde o último trimestre de 2014.

População desocupada cai para menor nível desde 2015

A taxa de desocupação caiu 0,3 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior (7,7%). Já na comparação com o quarto trimestre de 2022 (7,9%), a taxa teve uma queda ainda maior, de 0,5 p.p. Estes resultados refletem a melhora do mercado de trabalho brasileiro.

Vale destacar que a população desocupada totalizou 8,1 milhões de pessoas no trimestre encerrado em dezembro de 2023. Isso representa uma queda de 2,8% em relação ao trimestre anterior (menos 234 mil pessoas). Aliás, esse é o menor contingente desde o trimestre móvel encerrado em março de 2015. Já na comparação anual, a queda foi de 5,7% (menos 490 mil).

As quedas mais recentes reduziram de maneira expressiva a quantidade de pessoas sem um trabalho no país. No entanto, os números ainda estão elevados, ao menos para uma grande economia como o Brasil. Por isso que o governo espera a continuidade de dados positivos em 2024.

População ocupada do Brasil bate recorde

A PNAD Contínua revelou outros dados referentes ao mercado de trabalho brasileiro. A saber, a população ocupada somou 101 milhões entre outubro e dezembro do ano passado, número 1,1% maior que o do trimestre anterior (mais 1,1 milhão de pessoas).

O número da população ocupada atingiu o recorde da série histórica, iniciada em 2012, e superou pela terceira vez a marca de 100 milhões.

Na comparação com o trimestre encerrado em dezembro de 2022, houve um crescimento de 1,6% da população ocupada (mais 1,6 milhão de pessoas).

A queda da taxa de desocupação ocorreu fundamentalmente por uma expansão significativa da população ocupada, ou seja, do número de pessoas trabalhando, chegando ao recorde da série, iniciada em 2012“, explicou a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.

A PNAD ainda mostrou que o nível de ocupação ficou estimado em 57,6%, alta de 0,5 p.p. na comparação com o trimestre móvel anterior (57,1%). Já na base anual, o indicador avançou 0,4 p.p.

A propósito, nível de ocupação se refere ao percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar. Inclusive, o resultado observado no quarto trimestre de 2023 é o melhor desde o trimestre encerrado em junho de 2015 (17,3%).

População ocupada no Brasil bate recorde no trimestre encerrado em dezembro
População ocupada no Brasil bate recorde no trimestre encerrado em dezembro. Imagem: Agência Brasil.

Desalentados somam 3,5 milhões no Brasil

O levantamento do IBGE ainda revelou que a população desalentada no Brasil somou 3,5 milhões no período. Esse número ficou estável em relação ao trimestre anterior, mas teve forte queda de 13,6% em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2022 (menos 542 mil pessoas).

O IBGE explica que a população desalentada é formada por pessoas que estavam fora da força de trabalho do país devido a alguma das seguintes razões:

  • Não conseguia trabalho;
  • Não tinha experiência profissional;
  • Era muito jovem ou muito idoso;
  • Não encontrou trabalho na localidade onde mora;
  • Não teria condições de assumir a vaga caso conseguisse o trabalho.

Em outras palavras, os desalentados do país formam a parte da força de trabalho potencial. Isso quer dizer que eles poderiam trabalhar, mas não o fizeram devido a circunstâncias específicas.

Os dados também mostraram que o percentual de desalentados na força de trabalho atingiu 3,1% no quarto trimestre de 2023. O nível ficou estável na base trimestral, mas caiu 0,5 p.p. na comparação anual (3,6%).

Saiba mais sobre a PNAD Contínua

De acordo com o IBGE, a PNAD Contínua acompanha as variações trimestrais e a evolução da força de trabalho no Brasil. Isso acontece em médio e longo prazo através de coleta, em âmbito nacional, de informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país.

Em síntese, a implantação da PNAD Contínua aconteceu em outubro de 2011, alcançando o caráter definitivo em janeiro de 2012. A PNAD também divulga informações mensais e anuais, além das trimestrais, sobre força de trabalho no país, desemprego, entre outros pontos.

Os analistas do mercado ficam atentos a esses dados para traçarem possíveis resultados futuros relacionados ao mercado de trabalho brasileiro.

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