De acordo com informações oficiais do Bolsa de Valores do Brasil (B3), organizações de diversos setores no Brasil – Amaggi, Auren, B3, Bayer, BNDES, CBA, Dow, Natura, Rabobank, Raízen, Vale, Votorantim e Votorantim Cimentos – se reuniram para desenvolver o mercado de carbono voluntário no Brasil e contribuir com o mercado global de créditos de carbono de alta integridade.
Descarbonização da economia: empresas nacionais lançam a “Iniciativa Brasileira para o Mercado Voluntário de Carbono”
A descarbonização da economia até a metade do século é uma prioridade para diversos países, que representam mais de 90% do PIB global, e para mais de 2.500 empresas globais, de acordo com a divulgação da Bolsa de Valores do Brasil (B3). A divulgação oficial destaca que o mercado voluntário de carbono faz parte do conjunto de soluções para a descarbonização da economia global e tem duas principais funções.
Carbono zero
A primeira é a neutralização das emissões de gases de efeito estufa durante a jornada para o carbono zero (“net zero”); a segunda é a neutralização de emissões difíceis de serem abatidas, uma vez atingido o carbono zero, explica a Bolsa de Valores do Brasil (B3).
A Bolsa de Valores do Brasil (B3) destaca que, segundo estudo da McKinsey & Company, o Brasil tem potencial de responder por até 15% da oferta mundial de créditos voluntários através de soluções naturais, seja de captura e/ou abatimento de gases do efeito estufa.
Além das soluções naturais, o Brasil tem também potencial relevante de gerar créditos através de diversas soluções tecnológicas, como o desenvolvimento do hidrogênio verde e a captura de biometano. De acordo com informações da Bolsa de Valores do Brasil (B3), a iniciativa irá trabalhar em diversas frentes com o objetivo de posicionar o país na liderança de um mercado global.
Objetivos
Dentre os objetivos principais a serem alcançados ao longo do seu trabalho em prol das empresas nacionais e do Brasil nesse mercado de impacto global, a Bolsa de Valores do Brasil (B3) destaca:
- ativar a oferta por meio dos melhores processos de certificação/verificação e suporte a discussões regulatórias;
- desenvolver os instrumentos financeiros necessários para alinhar a demanda com a oferta;
- definir requisitos para um mercado “com curadoria” e endereçar as principais implicações fiscais;
- projetar o órgão de governança independente para coordenar o mercado;
- elaborar a estratégia de engajamento com as principais partes interessadas, de acordo com a definição oficial.
Além disso, entre as entregas previstas pelo grupo está levar para a COP 27 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança no Clima), que será realizada em novembro, no Egito, uma proposta de ações práticas para mitigar as maiores barreiras a este mercado, incluindo mecanismos de ativação da oferta e demanda de alta integridade, destaca o Bolsa de Valores do Brasil (B3).