A Terra está estimada em cerca de 4,6 bilhões de anos. Não há dúvida de que nesse período muito grande de tempo, ela passou por algumas mudanças drásticas. Uma delas é a chamada deriva continental, uma teoria apresentada pelo geólogo e meteorologista alemão Alfred Wegener em 1913.
De acordo com Wegener, os continentes que conhecemos hoje, estiveram unidos em uma massa única de terra. Esse conglomerado recebia o nome de Pangeia – já falamos dela por aqui neste artigo.
Contudo, quem trouxe à tona a teoria da deriva continental foi o cartógrafo Abraham Ortelius, com a sua obra de 1595, Thesaurus Geographicus. Nessa época, a saber, a ideia teve uma repercussão apenas de curiosidade. Isso por que não houve a apresentação de provas científicas, apenas conclusões genéricas de que os continentes teria se ‘desencaixado’.
Esse conceito permaneceu em estudo ao longo dos anos até que nasceu a teoria das placas tectônicas, incluindo a teoria da deriva continental nela ao fim dos anos 1950.
Entenda a deriva continental
Pode parecer que o solo em que pisamos todos os dias é fixo e sólido, mas não é o caso. Os continentes da Terra são divididos em grandes “placas” que se movem e flutuam na rocha semelhante a um líquido que constitui o manto da Terra. Essas placas são como jangadas que se movem conforme as correntes de convecção no manto se movem abaixo delas.
A ideia de que essas placas se movem é chamada de placas tectônicas e o movimento real das placas pode ser medido. Algumas placas se movem mais rápido do que outras, mas todas estão se movendo, embora a uma taxa muito lenta de apenas alguns centímetros, em média, por ano.
Esse movimento leva ao que os cientistas chamam de “deriva continental”. Os continentes reais se separam e se unem, dependendo da maneira como as placas nas quais eles estão fixados estão se movendo. Os continentes foram todos uma grande massa de terra pelo menos duas vezes na história da Terra. Esses supercontinentes receberam os nomes de Rodínia e Pangeia, conforme falamos.
Eventualmente, os continentes se reunirão novamente em algum ponto no futuro para criar um novo supercontinente (que atualmente é apelidado de “Pangea Ultima”).
Como a deriva continental afeta a evolução? À medida que os continentes se separaram da Pangeia, as espécies foram separadas por mares e oceanos e ocorreu a especiação. Indivíduos que antes eram capazes de cruzar eram isolados reprodutivamente uns dos outros e eventualmente adquiriam adaptações que os tornavam incompatíveis. Isso impulsionou a evolução, criando novas espécies.
Além disso, conforme os continentes mudam, eles se movem para novos climas. O que antes estava no equador, agora pode estar perto dos polos. Se as espécies não se adaptassem a essas mudanças de clima e temperatura, elas não sobreviveriam e seriam extintas. Novas espécies tomariam seu lugar e aprenderiam a sobreviver nas novas áreas.
E então, gostou de conhecer melhor a teoria da deriva continental?
Não deixe de ler também – Entenda a teoria da autorrealização de Maslow