Época de pandemia e imprevisão na economia. Neste mesmo cenário, a previsão de crescimento da economia foi revisada de 3,6% para 4% pelo governo. Os dados foram divulgados hoje (21) e são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Ainda assim, com a revisão e nova previsão do crescimento da economia, vários desafios ainda devem ser enfrentados no ano que vem. Entre eles estão a possibilidade do fim do auxílio emergencial e o desemprego.
Os dados de previsão de crescimentento da economia, por outro lado, são controversos e ainda não garantem constância. Os analistas da pesquisa afirmaram que os setores de vendas e produção demonstraram recuperação ao longo deste ano. Todavia, outros setores não se recuperaram da mesma maneira, como a indústria e o comércio.
Mesmo assim, ainda é possível contar com deterioração fiscal, a evolução mundial da pandemia e as incertezas econômicas neste cenário. “A dificuldade de se prever a evolução da pandemia e os desafios do processo de consolidação fiscal são as principais fontes de incertezas para as projeções de crescimento da economia brasileira em 2021”, apontou o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo Souza Júnior.
O instituto espera cenário diferente deste ano na economia, onde o aumento dos preços puxou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para cima. É esperado um panorama inflacionário menor.
Conforme o Ipea, a composição do IPCA deve ser diferente, sendo esperado um redução da inflação no preço dos alimentos e uma alta nos setores administrados e de serviços.
Por fim, a inflação oficial deve regredir. De 4,4% deste ano para um total de 3,49%, para o ano seguinte, conforme cálculos do Ipea.
Entenda o que é IPCA clicando aqui.
De acordo com os dados divulgados, é esperado que inicialmente o desemprego aumente no ano que vem, antes de começar a cair. Em 2021 deve haver, de acordo com especialistas, uma alta na procura de emprego e pode gerar tal situação.
Atualmente, de acordo com os analistas, há recuperação visível, porém modesta, no mercado de trabalho.
O relatório divulgado ainda contou com indicadores relacionados ao Covid-19, que foram um dos fatores que impactaram a economia este ano. De acordo com os dados, a maior parte das regiões foi impactada, contudo a região Sul e Sudeste foram as que mais sofreram.
A região Sul registrou, em dezembro, o maior número de casos e mortes por 100 mil habitantes desde o inicio da pandemia.
Já a região Sudeste elevou seus números próximos aos picos de casos em agosto. Se em agosto a taxa de novos casos era 19,6 ; agora (até o último dia 17) já está com patamar parecido chegando a 17,4.
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