Economia

CPI da Covid-19: Guedes critica investigações

O ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou nesta quinta-feira (01) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. De acordo com ele, a CPI “embaralha” andamentos de projetos, como a reforma da tributária e a administrativa.

A CPI da Covid-19 está investigando o governo de Bolsonaro e suas atitudes diante da pandemia.

“Um chama o outro de bandido, o outro fala que o outro está matando gente. É um perde-perde geral”, declarou Guedes, em evento virtual com o empresário Abílio Diniz.

“Estamos antecipando o ciclo eleitoral, o que não é muito bom para o país. O melhor para o país é o ganha-ganha das vacinas e das reformas”, continuou.

E ainda, em tom de crítica, fez uma analogia: “Quando se está na guerra, você espera acabar a guerra. Aí você dá medalha a quem trabalhou direito”, disse.

Investigações da CPI da Covid-19

As investigações da CPI analisam, por exemplo, a vacina Convaxin. O contrato da vacina indiana, de R$ 1,6 bilhão, é que tem o maior preço por unidade já fechado pelo Brasil.

O contrato ainda foi suspenso nessa terça-feira (29). E a Procuradoria da República no Distrito Federal abriu uma investigação criminal para o caso.

Além disso, uma empresa estaria sendo suspeita de ser de “fachada”. Outra, que intermediou a negociação, é sócia da Global Gestão em Saúde que tem suspeitas de irregularidades em outro contrato do ministério da Saúde, em 2017.

O governo nega qualquer irregularidade. Veja mais detalhes aqui. 

Diante das acusações, o presidente Bolsonaro chegou a ser referir aos senadores da CPI como “bandidos”.

“Não conseguem nos atingir. Não vai ser com mentiras ou com CPI integrada por sete bandidos que vão nos tirar daqui”, afirmou durante uma visita em Ponta Porã.

A declaração foi dada um dia antes da conversa de Paulo Guedes e Abílio Diniz.

A investigação também foi responsável por trazer a público as tentativas de negociação da vacina Pfizer com o Brasil. Ao todo a Pfizer enviou 81 e-mails, de acordo com senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que preside as investigações.