Covid-19: Governo disse que Brasil seria o 1° do mundo na vacinação em fevereiro, mas acabou em 6° - Notícias Concursos

Covid-19: Governo disse que Brasil seria o 1° do mundo na vacinação em fevereiro, mas acabou em 6°

Apesar da promessa do governo Bolsonaro de que o Brasil seria líder em vacinação contra Covid-19 em fevereiro, o país fechou o mês em 6° lugar no ranking mundial.

Com 8,4 milhões de doses aplicadas, o Brasil ficou atrás de Estados Unidos (75 milhões de doses aplicadas), China (40 milhões), Reino Unido (21 milhões), Índia (14 milhões) e Turquia (8,5 milhões).

A promessa foi feita pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no dia 14 de janeiro, em uma live no perfil do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas redes sociais.

“A partir do início [da imunização], com duas, seis ou oito milhões de doses já em janeiro, nós vamos nos tornar o segundo ou o primeiro, talvez atrás dos EUA, país que mais vacinou no mundo. E quando entrarmos em fevereiro, com a nossa produção em larga escala e o nosso PNI [Programa Nacional de Imunizações], que tem 45 anos, nós vamos ultrapassar todo mundo, inclusive os EUA”, assegurou Pazuello ao lado de Bolsonaro.

A produção em larga escala de vacinas contra Covid-19 citada pelo ministro ainda não começou de fato, pois depende de insumos importados da China, que estão com o cronograma de entrega atrasado.

Até o momento, o Instituto Butantan entregou 13,2 milhões de doses da CoronaVac, enquanto a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) rotulou 4 milhões de doses importadas prontas e ainda não começou a fornecer doses envasadas no Brasil.

Produção da vacina de Oxford contra Covid-19 no Brasil

A expectativa inicial era entregar 15 milhões de doses fabricadas com insumos chineses até o final de março, totalizando 100 milhões de doses feitas com IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) importado até julho.

A partir do segundo semestre, a produção da vacina de Oxford seria totalmente nacional. No entanto, por conta da complexidade do processo, o cronograma pode sofrer alterações. O presidente da Bio-Manguinhos (Fiocruz), Maurício Zuma, prevê atrasos.

“Produzir aqui a vacina é todo um processo. Tem que validar os lotes de IFA, validar o registro de local de fabricação do IFA. Acreditamos que em meados do segundo semestre vamos ter vacina pronta, agora, se vamos conseguir liberar vai depender das questões regulatórias. […] Sabemos que vamos ter percalços em um processo que se fazia em anos”, disse Maurício Zuma à agência Reuters na última sexta (26).

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