A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou a chegada de 2 milhões de doses da vacina de Oxford contra Covid-19 nesta terça (23). As doses prontas do imunizante desenvolvido em parceria com a farmacêutica AstraZeneca virão do Instituto Serum, na Índia.
A expectativa é que o voo aterrisse em São Paulo por volta das 6h55 da manhã. Assim que chegarem ao Brasil, as doses da vacina de Oxford serão encaminhadas ao Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), no Rio de Janeiro.
Segundo nota da Fiocruz divulgada nesta segunda (22), a importação das doses prontas da vacina de Oxford faz parte da estratégia do governo federal, que busca contornar a escassez de doses de imunizantes contra Covid-19. Dessa forma, além das doses fabricadas pela Fiocruz com insumos importados, doses prontas da vacina foram adquiridas.
A Fiocruz também confirmou que aguarda a chegada de mais dois lotes de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) para o dia 27 de fevereiro. Com os novos lotes de insumos, a Fundação terá matéria-prima suficiente para fabricar 12 milhões de doses da vacina de Oxford.
Neste momento, a Fiocruz possui insumo suficiente para fabricar 2,8 milhões de doses. Até o final do mês de março, a expectativa da Fundação é entregar 15 milhões de doses do imunizante para integrar o Plano Nacional de Imunização contra Covid-19.
Fabricação da vacina de Oxford pela Fiocruz
Para conseguir fabricar a vacina de Oxford de forma mais independente, a Fiocruz e a AstraZeneca precisam assinar o contrato de transferência de tecnologia, o que até o momento ainda não foi feito, segundo informação divulgada pelo Jornal Nacional, da TV Globo.
De acordo com a Fiocruz, a não assinatura do acordo de transferência de tecnologia não atrasou o cronograma de entrega de doses da vacina de Oxford até o momento. Isso porque, nesta primeira fase, o imunizante tem sido fabricado no Brasil a partir de insumos importados.
A expectativa é que a partir do segundo semestre de 2021 a Fiocruz entregue doses da vacina de Oxford integralmente produzidas pela Fundação.
“O Contrato de Encomenda Tecnológica, assinado em setembro de 2020, relativo ao fornecimento de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para a produção de 100,4 milhões de doses de vacina, já estabelece parâmetros gerais da transferência de tecnologia, que deverá ser detalhada em contrato específico pela necessidade de extenso conteúdo técnico”, informou a Fundação Oswaldo Cruz em nota.