Na segunda-feira, 4/01, o Instituto Adolfo Lutz confirmou dois casos da nova variante do coronavírus. Essa variante foi registrada primeiramente no Reino Unido. Que, portanto, fechou suas fronteiras para que fosse contido.
Entretanto, talvez a demora para detectar o novo caso ou para fechar as fronteiras, foi o ponto crucial. Assim, é possível que esse novo tipo já tenha se espalhado mais, sem sabermos.
Para você se manter atento e informado sobre isso, preparamos 5 curiosidades sobre a nova variante do coronavírus.
Maior taxa de contágio da nova variante do coronavírus
Apesar do Covid-19 como conhecemos já ser altamente transmissível, esse novo tipo o supera. De acordo com pesquisas compartilhadas, essa mutação pode ser até 56% mais transmissível.
Isso se dá pela diferença de fixação dos dois nas células humanas. Essa cepa, chamada de B.1.1.7., chega muito mais rapidamente aos pulmões. Portanto, consegue se instalar de maneira mais fácil no corpo do hospedeiro.
Diferença de exames
Para a identificação da primeira cepa, possuímos alguns tipos de teste que podem ser eficazes: o RT- PCR, POCT-PCR, por sequenciamento genético e o CRISPR.
O que acontece é que os exames que só identificam a proteína S, não funcionam para essa nova variante do coronavírus. O B.1.1.7. só pode ser detectado, por enquanto, nos testes de tipo PCR. Isso se dá porque o PCR coleta material genético direto da mucosa e dá um resultado mais preciso.
A nova variante do coronavírus tem sintomas semelhantes
Apesar de mais contagioso, o B.1.1.7. até agora não manifestou casos mais graves. Os sintomas continuam sendo os mesmos: forte dor de cabeça, possível perda do paladar e olfato, dores no corpo, dificuldade para respirar, entre outros.
Rapidez na identificação da nova variante do coronavírus
Tendo, assim, os mesmos sintomas, a questão do B.1.1.7. é a sua rapidez. Esse vírus se instala muito mais rápido no corpo humano. Portanto, os sintomas se manifestam em menos dias do que o esperado para o Covid-19.
Sendo assim, continua sendo essencial o isolamento social e as medidas de higiene. Principalmente por conta das festas de final de ano, é possível que os casos aumentem bastante. O uso de máscaras e álcool em gel continua sendo indispensável.
As vacinas continuam sendo úteis
Mesmo sendo uma nova variante do coronavírus, não há, até agora, evidências de que as vacinas não funcionam. Uma vez que a diferença no sequenciamento genético é pequena e se mantém em um detalhe apenas: na fixação do vírus nas células.
Assim, contando com um papel fundamental da ciência brasileira, correm estudos para saber melhor sobre o B.1.1.7. O Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da USP tem um papel importante nisso.
O instituto em questão está trabalhando com laboratórios de outras partes do mundo para conhecer melhor o novo. Até agora já descobriram suas taxas de contágio e testes eficazes. Por isso, continua sendo essencial valorizar a ciência brasileira.