Covid-19: “Nunca fui contra a vacina”, diz Jair Bolsonaro

Nesta segunda (08), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que nunca foi contra a vacina da Covid-19, colocando a imunização em massa como um importante passo para a retomada da economia no Brasil.

A mudança de tom causou surpresa em alguns, pois há menos de dois meses o presidente questionou a eficácia dos imunizantes e disse que quem tomasse uma vacina contra Covid-19 poderia “virar jacaré”.

“Nunca fui contra a vacina, sempre disse ‘passou pela Anvisa, compra’. Tanto é que a CoronaVac passou pela tangente”, afirmou o presidente.

Bolsonaro disse que o governo “está fazendo o possível” pela vacinação e reconheceu a importância da imunização em massa para a retomada econômica.

“Estamos preocupados com a vida. Se vacinar, a chance de voltarmos à normalidade na economia aumenta exponencialmente. Queremos isso aí”, disse Bolsonaro.

O presidente, inclusive, revelou que votou pela vacinação da mãe, Dona Olinda, de 93 anos. Em janeiro, Bolsonaro havia dito que não sabia se apoiaria a decisão de vacinar a mãe contra Covid-19.

Temos um vírus. Não negamos. Temos. Estamos preocupados. Hoje meus irmãos decidiram, estão votando aqui se a minha mãe vai ser vacinada ou não com 93 anos de idade. Eu já dei lá, eu votei lá sim. Com 93 anos deixar ela ser vacinada mesmo com uma vacina aí, não está comprovada cientificamente”, disse Bolsonaro. Vale ressaltar que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) só autoriza o uso de imunizantes com eficácia e segurança comprovadas.

Bolsonaro mudou o tom sobre vacinas contra Covid-19

No mês de dezembro, Bolsonaro questionou a eficácia dos imunizantes contra Covid-19, afirmando que quem tomasse a vacina poderia “virar jacaré”.

“Na Pfizer (farmacêutica norte-americana que está produzindo uma das vacinas) está bem claro no contrato: nós não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral. Se você virar um chipanz… se você virar um jacaré, é problema de você. Não vou falar outro bicho aqui para não falar besteira”, disse Bolsonaro na ocasião.

Ainda no mês de dezembro, sem qualquer prova ou dado científico, Bolsonaro questionou a eficácia da CoronaVac, vacina do Instituto Butantan desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech. Hoje é sabido que a eficácia da CoronaVac nos testes feitos no Brasil é de 50,38%.

“A eficácia daquela vacina de São Paulo está lá embaixo, está lá embaixo. Não vou divulgar percentual aqui porque se eu errar 0,001% vou apanhar da mídia, mas o percentual aprece que está lá embaixo levando-se em conta a outra”, disse o mandatário.

Em janeiro deste ano, Bolsonaro revelou que não pretende se vacinar contra Covid-19 sem que o imunizante tivesse eficácia comprovada.

“Eu não pretendo tomar vacina sem que ela seja devidamente comprovada cientificamente. Não pretendo tomar. Quem quiser tomar, o governo vai estar à disposição. O governo federal vai fazer campanha sim, mas campanha responsável para o povo se vacinar sabendo aí de todas as possíveis consequências e efeitos adversos.”

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