Coronavírus: rendimento de motorista de aplicativo sofre aumento
O Senado Federal acaba de aprovar uma medida que aumenta o rendimento de motoristas e entregadores de aplicativo até o mês de outubro. O dispositivo foi aprovado, por 49 votos a 27, em um projeto de lei que suspende regras contratuais por causa da pandemia do novo coronavírus. Agora, o texto segue para análise na Câmara dos Deputados.
A alteração no faz com que empresas como Uber, Cabify e 99 diminuam em ao menos 15% o valor retido nas corridas realizadas durante o período e repassarem essa quantia para o motorista.
Por exemplo, se uma viagem custa R$40,00, a empresa fica, atualmente, com R$10 e o motorista com R$30, a depender do aplicativo. No projeto, o motorista iria receber R$1,50 a mais nessa corrida. Além disso, as companhias não poderão aumentar o preço das viagens para os usuários durante esse período.
As mesmas regras também estarão em vigor para taxistas, conforme o projeto. Pelo texto aprovado, os motoristas terão reduzidas em ao menos 15% todas as taxas, cobranças, aluguéis ou outras tarifas relacionadas ao serviço.
Coronavírus no Brasil
Até a manhã desta sexta-feira, 03 de abril, as secretarias estaduais de Saúde divulgaram 8.076 casos confirmados de novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil em 26 estados e no Distrito Federal. Segundo dados oficiais, são 327 mortos.
Na manhã desta sexta-feira, a cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, divulgou a primeira morte pela doença. A secretaria estadual de Saúde ainda não confirmou o caso.
O avanço da doença segue em ritmo acelerado. Foram 25 dias desde o primeiro contágio confirmado até os primeiros 1.000 casos (26 de fevereiro a 21 de março). Os outros 2.000 casos foram confirmados em apenas seis dias (do dia 21 ao dia 27 de março) e quase 4.000 casos de 27 de março a 02 de abril, quando a contagem passou da casa dos 8 mil infectados.
Na tarde da última quinta, o Ministério da Saúde atualizou os números informando que o Brasil tem um total de 7.910 casos confirmados de coronavírus e 299 mortes.
Segundo o secretário-executivo do ministério, João Gabbardo, governo federal não está mais divulgando o número de casos suspeitos porque a transmissão do vírus já é comunitária.
“Com transmissão comunitária, qualquer um pode ser um caso suspeito. Qualquer brasileiro que apresente síndrome gripal. Não tem mais nenhum sentido mostrar os casos suspeitos”, afirmou Gabbardo.
Os testes serão feitos em casos leves. “Estamos adquirindo um volume de testes significativo para que na próxima semana, daqui a 8 dias, tenhamos 5 milhões de testes rápidos para distribuição em todo o Brasil, para iniciarmos a realização (de testes) em casos leves”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira. “Vai aumentar muito a velocidade de diagnóstico em todo o Brasil.”
Até então, somente pacientes com sintomas graves eram testados. Foram distribuídos, até agora, 27 mil testes para todo o Brasil, mas não há informação sobre o número de testes realizados.
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