Economia

Consumo consciente: governo prevê gastar R$ 20 milhões em campanha de incentivo

Diante da crise hídrica no Brasil, em regiões das principais usinas hidrelétricas, o governo federal deve gastar R$ 20 milhões para incentivar o consumo consciente tanto de energia elétrica quanto de água. Os dados fazem parte de um documento na qual o jornal O Globo teve acesso e os valores devem ser gastos pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).

Tendo como objetivo, de acordo com Secom, atingir a “mensagem da campanha, aumentando assim a frequência e cobertura” para a população.

A campanha ainda deve levar em consideração a “abrangência da comunicação para o território nacional, mas que devido a restrição orçamentária, seja priorizado os mercados com o maior consumo de energia e água potável”, continua o texto.

Consumo consciente: campanha similar já existe, mas será intensificada

Desde o final do ano passado, o governo federal já atua com uma campanha que quer sensibilizar para o “consumo consciente” a nível nacional. Diante da piora na crise hídrica, a ideia é aumentar e reforçar a campanha publicitária.

A campanha se baseia na afirmação que a economia de energia elétrica e água é essencial na sociedade como um todo. “A presente ação de comunicação tem como objetivo mobilizar a população para o uso consciente da energia elétrica e água, por meio da divulgação de exemplos simples de como é possível evitar o desperdício de energia e água no dia a dia das famílias, estimulando a adoção de atitudes que possam reduzir o consumo e evitar desperdícios”, diz o documento da Secom.

A Secom alerta também para o custo da energia nas termelétricas, que estão sendo acionadas devido a crise hídrica, também é mais caro. Isso porque há outros itens envolvidos no processo como gás natural, carvão, óleo combustível e diesel.

A necessidade de produzir energia não só nas usinas hidrelétricas, mas também nas termelétricas fizeram a conta de luz ser a mais cara do ano até agora, 

Para economizar água e para não faltar recursos em meses de maior demanda, entre setembro e novembro, as termelétricas têm sido uma alternativa do governo,

Nível mais baixo desde 2001

O consumo consciente tem se mostrado uma alternativa diante das usinas hidrelétricas da região Sudeste/Centro-Oeste fecharam o mês de maio com o nível mais baixo desde 2001, apenas 32,11% da capacidade.  Em 2001 o país chegou a passar por um racionamento. Os dados são do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS),

Em maio de 2001, os mesmos reservatórios ficaram em 29,88%. Os reservatórios até apresentaram melhora, mas nos últimos sete anos o mês de maio não ultrapassou 60% da capacidade.