No Brasil, os meses de abril são marcados pelo aumento das compras de determinados alimentos. No quarto mês do ano, a população do país celebra a Páscoa, e alguns itens tradicionais à data marcam presença na mesa dos brasileiros no período.
Em resumo, os principais itens buscados pelos consumidores são os pescados, principalmente o bacalhau, e os chocolates. A propósito, o preço dos pescados subiu 5,18% nos últimos 12 meses, enquanto o bacalhau ficou quase 11% mais caro. Por sua vez, o chocolate registrou alta de 9,65% no período.
Embora estes itens tenham uma presença quase certa na mesa dos brasileiros, o consumo de outros tantos na Páscoa também é bastante intenso. Por isso mesmo, os brasileiros precisam ficar atentos aos preços destes itens para não pagarem mais caro nas compras.
No varejo, um bom termômetro dos preços é a demanda. Assim, quanto mais um item é buscado pelos consumidores, maior tende a ser o seu preço, uma vez que a demanda supre o seu encarecimento. Quando ocorre o contrário, com menos procura que o esperado, os comerciantes tendem a reduzir o valor para que a mercadoria saia.
Seja como for, os brasileiros precisam ficar atentos para os preços dos itens. Isso porque muitos vendedores costumam vender alimentos com preços bem mais elevados que a média. Dessa forma, quem não estiver alerta poderá pagar bem mais caro, perdendo a chance de adquirir os itens a preços mais acessíveis.
Preços devem subir na semana de Páscoa
Para quem não sabe, a Páscoa será comemorada no próximo domingo (9). Em outras palavras, a celebração ocorre nesta semana, que deverá ficar marcada pelo aumento dos preços dos itens tradicionais à data.
Na verdade, os consumidores do país já estão sofrendo com os preços mais elevados, e a expectativa é que a situação fique ainda mais complicada nos próximos dias.
Especialistas alertam a população sobre os altos preços praticados na Semana da Páscoa. Em suma, o aumento expressivo da demanda nos dias que antecedem a data impulsionam o valor dos produtos, fazendo os consumidores gastarem mais do que planejaram.
De acordo com Matheus Peçanha, economista e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), os consumidores precisam pesquisar antes de comprar itens da Páscoa.
Em síntese, os brasileiros devem fazer uma consulta sobre os valores dos produtos e das marcas antes de ir às compras. Assim, poderão ter uma ideia de quanto está custando, em média, o item desejado, escolhendo, assim, o mais barato.
Inflação da Páscoa sobe 12%
A inflação dos itens mais consumidos na Páscoa disparou 12%, em média, entre abril de 2022 e março deste ano. A variação ficou mais de três vezes superior à taxa acumulada nos 12 meses anteriores (3,93%). Isso quer dizer que os consumidores irão gastar bem menos para comprar os itens tradicionais da data comemorativa neste ano.
Em resumo, a forte desaceleração ocorreu, principalmente, porque o real estava muito desvalorizado ante o dólar em 2020 e 2021. Além disso, problemas climáticos afetaram a produção de diversos itens no Brasil. A saber, o grande destaque foi o arroz, cujo preço havia disparado 60,83% entre 2020 e 2021, mas chegou à Páscoa de 2022 acumulando uma queda de 12,20%.
Aliás, a inflação dos itens mais tradicionais da data comemorativa teria chegado a 9,79% se o arroz fosse retirado da cesta pesquisada. A saber, o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgou o levantamento na semana passada.
Veja como driblar os preços altos
Uma das principais recomendações na hora da compra dos chocolates é evitar itens com personagens. Como as crianças e jovens costumam querer ovos e bombons com personagens de filmes, desenhos animados, jogos ou quadrinhos, estes itens geralmente possuem preços mais altos.
Em resumo, isso acontece porque estes personagens trazem consigo o valor do licenciamento das marcas. O resultado disso é um preço mais salgado, que acaba pesando mais no bolso dos consumidores.
Nas compras online, as pessoas devem ficar atentas aos sites e à forma de pagamento. Em resumo, os consumidores devem digitar o endereço da loja em que desejam realizar alguma compra. Na fase do pagamento, o indicado é utilizar um cartão virtual ou pagar através do PIX, mas a pessoa deve conferir qual empresa beneficiária aparecerá no documento.
Já nas compras presenciais, a dica é buscar itens em mais de um lugar para comparar os preços. Os especialistas afirmam que é válido tentar pechinchar para conseguir descontos. Contudo, o mais indicado é comprar o quanto antes para não deixar esse momento para o final da semana, período em que os preços devem disparar ainda mais no país.