Desde que o empréstimo consignado do Auxílio Brasil começou a ser oferecido, já houve milhares de contratações e também de recusas. Isso mesmo, muitas pessoas estão tendo a sua solicitação ao novo serviço desaprovada.
Em poucos dias a Caixa Econômica Federal anunciou que havia feito mais de 700 mil contratos do empréstimo, no entanto, muitos beneficiários do Auxílio Brasil não estão conseguindo ter a liberação do consignado em suas contas.
Por que o empréstimo do Auxílio Brasil foi recusado?
Segundo uma reportagem do portal UOL, muitas pessoas que estavam solicitando o consignado do Auxílio Brasil pelo Banco PAN não estavam sendo aprovadas por causa de uma “política de crédito”.
Isso porque, sempre que o crédito é solicitado o banco realiza uma espécie de análise de dados financeiros do requerente, para que seja possível estimar os riscos da operação. Assim, caso a situação econômica do beneficiário seja malvista, o serviço é recusado.
Regras do consignado do Auxílio Brasil
De acordo com a portaria publicada pelo Ministério da Cidadania no dia 27 de setembro, as condições do empréstimo consignado do Auxílio Brasil devem estar limitadas as seguintes regras:
- Juros: máximo de 3,5% ao mês;
- Prazo de pagamento: máximo de 24 parcelas (ou seja, dois anos);
- Margem consignável: 40% (considerando os R$ 400 do programa, a parcela máxima deve ser de R$ 160).
Vale ressaltar que a modalidade do consignado é aquela em que as parcelas da dívida são descontadas diretamente da folha de pagamento do benefício do contratante. Dessa forma, antes de ter o abono em mãos, o banco responsável pelo empréstimo já desconta os devidos valores.
Ministério Público solicita suspensão do consignado do Auxílio Brasil pela Caixa
Na última terça-feira (18), o Ministério Público junto e o Tribunal de Contas da União (TCU) solicitaram a suspensão da concessão do empréstimo consignado do Auxílio Brasil pela Caixa Econômica Federal.
Para Lucas Furtado, subprocurador e autor do pedido, o serviço possui finalidades eleitorais e oferece risco à Caixa e às finanças da instituição. Veja mais sobre as intenções do texto a seguir.
Em suma, o documento solicita a adoção de uma medida cautelar que abstenha a Caixa de realizar os empréstimos consignado do Auxílio Brasil, “independentemente de eventuais arranjos legais e infralegais”, até que haja um posicionamento da Justiça.
O subprocurador ainda pede que o TCU tome medidas que impeçam que os serviços aderidos pelo banco sejam com “finalidade meramente eleitoral”. De acordo com informações da própria Caixa, até o momento, mais de 700 mil pessoas já solicitaram o crédito.