Você já ouviu falar na moeda do salineiro? Trata-se de uma peça muito conhecida no meio da numismática, mas pouco falada no meio da população em geral. Quem conhece a peça e o seu valor tem muito mais chances de conseguir um bom dinheiro com este exemplar.
A moeda do salineiro é como ficou conhecida a peça de 5 cruzeiros do ano de 1992. Trata-se de um exemplar que não tem mais valor monetário, ou seja, você não vai encontrar o exemplar circulando no comércio. Mas nada impede que você encontre a peça em vários outros lugares.
Dados oficiais da Casa da Moeda indicam que esta moeda teve uma tiragem de pouco mais de 19 milhões de peças no ano de 1992. Do ponto de vista da numismática, pode-se dizer que este número é baixo, o que explica em parte o grau de raridade.
Características da moeda
Abaixo, você pode conferir as principais características da moeda de 5 cruzeiros do ano de 1992, com base nas informações disponibilizadas pelo Banco Central (BC). Confira:
- Reforma Monetária;
- Plano Monetário: Padrão Cruzeiro (1990 1993);
- Período: República;
- Casa da Moeda: Rio de Janeiro;
- Diâmetro: 21.5mm;
- Peso: 3.4gr;
- Metal: Aço Inoxidável;
- Borda: Lisa;
- Reverso: Moeda;
- Moeda Desmonetizada;
- Artista: Luciano Dias Araújo;
- Gravador: Aldo Cascardo.
- Desenho do Anverso: Desenho representando um salineiro acompanhado da data;
- Desenho do Reverso: Valor de face acompanhado do dístico ‘BRASIL’.
O valor da moeda
Agora, vamos focar nos valores que estão sendo cobrados para esta moeda de 5 cruzeiros do ano de 1992, com base nos catálogos numismáticos mais atualizados. Veja na tabela abaixo:
MBC | SOBERBA | FLOR DE CUNHO |
---|---|---|
x | R$ 10 | R$ 60 |
Como descobrir se a peça é valiosa?
Segundo analistas, não há uma mágica para descobrir quais moedas ou cédulas que você guarda em sua casa são valiosas ou não. O que é possível adiantar é que não se trata de uma tarefa simples. Na grande maioria dos casos, as moedas são apenas comuns, de modo que encontrar uma peça rara tende a ser difícil.
Mas difícil não significa impossível. Um dos erros mais comuns cometidos pelas pessoas que procuram por estas moedas raras é imaginar que os itens mais antigos são os mais valiosos. Esta não é necessariamente uma informação verdadeira. Em muitos casos, vários outros pontos devem ser levados em consideração.
“Uma moeda emitida há duas décadas pode valer mais do que uma do Império ou da Colônia. O que dita o preço de uma peça não é a idade e, sim, a quantidade de moedas feitas naquele ano específico e o estado de conservação”, disse Bruno Pellizzari, vice-presidente da Sociedade Numismática Brasileira.
Como vender?
Encontrou esta ou qualquer outra moeda valiosa? O próximo passo é procurar saber qual é o valor exato daquela peça. Para tanto, o cidadão pode procurar uma loja especializada, que poderá ser virtual ou física. Uma outra opção é procurar uma casa de leilão numismático. Por todos estes caminhos, será possível confirmar o valor do níquel.
Uma das opções é a casa Brasil Moeda Leilões, que funciona de maneira virtual. Logo depois de encontrar a moeda, o cidadão vai poder cadastrar o item encontrado e enviar para uma avaliação. Na sequência, a Casa envia o valor. O cidadão poderá definir se vai colocar à venda ou não.
O cidadão também poderá verificar a lista completa com sites de outro compradores de moedas raras. Nesta lista, será possível inclusive conferir se há alguma loja física de comprador nas proximidades da sua residência.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.