Mais de 1,1 milhão de brasileiros estão na fila de espera pela perícia médica inicial do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Trata-se de um procedimento obrigatório para os cidadãos que pretendem receber benefícios sociais da autarquia. Boa parte dos indivíduos que estão na lista de espera, por exemplo, aguardam para receber o auxílio-doença.
O INSS explica que existem situações em que o cidadão entra na fila, tem os documentos analisados, e não são aprovados por falta de alguma documentação. Nesse sentido, é importante lembrar que há algumas medidas que o usuário pode tomar para evitar uma negativa por parte do INSS. As principais delas envolvem justamente as documentações.
Dica 1
Segundo especialistas, uma dica importante é prestar atenção nos carimbos que os médicos aplicam em declarações. Há casos em que o INSS decide cancelar um pedido apenas porque o carimbo está borrado. O mesmo vale para as assinaturas. O cidadão precisa prestar atenção nesses pontos para pedir que o médico seja mais claro.
Dica 2
Nesse sentido, também é importante pedir para que o médico que deu a declaração, seja mais claro também nas informações que ele escreve no laudo. Caso o documento não esteja legível, o INSS pode indeferir o pedido. Dessa forma, uma boa dica é pedir para que o médico realize a declaração em um laudo digitado no computador.
Dica 3
Uma terceira dica é preferir sempre as documentações mais recentes. Quanto mais novos forem os documentos utilizados no pedido, maiores são as chances de concessão do benefício pelo INSS. De acordo com especialistas, o laudo mais inicial pode ser importante apenas para mostrar a data de início da doença que acomete o cidadão.
Outro ponto que pode ser importante é a questão da chegada do cidadão ao INSS. Segundo especialistas, um ponto que pode fazer com que o indivíduo tenha o pedido negado, é a maneira como ele chega em uma agência.
De alguma forma, o cidadão precisa mostrar que está doente e que precisa do auxílio que está requerendo. Segundo especialistas, é importante chegar sem muletas, cadeira de rodas, sem acompanhante, e dizer que tem necessidade de um benefício pois essas ações podem levar o perito a entender que a pessoa não tem. Chegar dirigindo, por exemplo, pilotando moto e entrar na perícia com capacete e alegar que tem hérnia de disco, pode levar à negativa.
Vale lembrar que os servidores do INSS acabaram de passar por um processo de greve. Eles voltaram ao trabalho na última segunda-feira (23), depois de quase dois meses de paralisação, o que ocasionou um aumento na fila de espera.
Nesse contexto, a diretoria do Instituto afirma que os servidores estão fazendo de tudo para tentar diminuir o tamanho da fila de espera. Em entrevista, o presidente do INSS, José Carlos Oliveira, disse que pretende realizar mutirões para atender mais gente em menos tempo.
Além disso, o Governo Federal também pretende iniciar o processo de concessão de auxílios sem a necessidade de realização de uma perícia médica. A autarquia também analisa a possibilidade de usar robôs no sistema de verificação de documentos.