Confiança empresarial apresenta nova queda sob influência da pandemia

Confiança empresarial apresenta nova queda sob influência da variante Ômicron

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou hoje (01), o Índice de Confiança Empresarial, conhecido como ICE. Segundo o índice, a confiança empresarial caiu cerca de 2,5 pontos em janeiro, chegando a 89,6 pontos.. Este é o menor nível desde abril de 2021.

O indicador recuou pela quarta vez seguida na métrica de médias móveis trimestrais. De acordo com a FGV, o índice consolida os índices de confiança empresarial de quatro setores que são cobertos pelas Sondagens Empresariais da fundação. Os setores analisados são: indústria, serviços, comércio e construção.

Segundo Aloisio Campelo Jr, superintendente de estatísticas da FGV, “o ICE acumula perdas de 10,9 pontos desde setembro de 2021, num movimento de queda iniciado na Indústria que aos poucos foi atingindo todos os segmentos”.

Para Aloisio Campelo, “ A confiança do setor de Serviços, mais resiliente até o final do ano, foi a que mais caiu em janeiro, sob influência da piora do quadro pandêmico com a chegada da variante ômicron ao Brasil”.

Quedas na Confiança Empresarial foram registradas em diversos segmentos

Considerando 49 segmentos, a confiança nas empresas subiu em apenas 11 deles em janeiro. Foi apresentada uma queda da disseminação, levando em conta que, em dezembro, 21 segmentos apresentaram alta.

As quedas mais intensas que foram registradas no ICE ocorreram nos setores de Serviços, com queda de 4,3 pontos percentuais (p.p), e na Construção, com queda de 3,9 pontos percentuais. Com quedas um pouco menores seguem os setores de Indústria, com queda de 1,7 p.p e o setor de Comércio com queda de 0,4 p.p.

Em janeiro deste ano, foi constatada uma piora significativa nas avaliações sobre a atual situação do comércio e também sobre as expectativas projetadas para os próximos meses.

Outros Índices também apresentaram quedas

O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) caiu 4,5 p.p chegando ao menor nível desde abril do ano passado. Em 2022, o valor calculado para janeiro foi de 91,3 pontos, comparado com os 87,1 pontos registrados em abril de 2021.

Outro índice calculado foi o IE-E, Índice de Expectativas. Em janeiro deste ano, o índice caiu 3,0 pontos, chegando a 91,4, o menor valor registrado desde março de 2021, quando o índice era de 85,2 pontos.

Ambos os índices mostraram recuo pela terceira vez consecutiva. A perda acumulada passa dos 8 pontos percentuais durante o período. Com as quedas consecutivas, o ISA-E e o IE-E se afastaram do chamado nível de neutralidade, que atualmente é de 100 pontos.

O superintendente da pesquisa avaliou que, “Este resultado preocupa já que os segmentos mais dependentes de consumo presencial empregam muito e somente agora estavam conseguindo retornar a níveis de confiança comparáveis com os do período pré-pandemia”.

Para diversos especialistas em mercado financeiro e confiança empresarial, a projeção para os próximos meses é de um aumento discreto no Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, em 2022, o aumento do PIB deve ser de apenas 0,30%.

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