Concurso professores SP: edital com 15 mil vagas em breve; confira novidades

Vunesp será a banca responsável pela organização do novo concurso da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.

O extrato de contrato entre o Governo do Estado de São Paulo e a Vunesp foi publicado nesta quarta-feira, 26 de abril.

A Vunesp será a banca responsável pela organização do novo concurso da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.

Com a publicação do contrato, o edital se torna iminente e possível de ser lançado a qualquer momento. Contudo, como já adiantou o secretário de educação do estado, Renato Feder, o objetivo é publicar o edital até o mês de junho.

“Em breve a gente vai publicar o edital. Será publicado neste semestre ainda para 15 mil vagas na rede. Estamos muito animados com isso”, afirmou o secretário.

A dispensa de licitação que confirmou o nome da banca foi publicada no dia 19 de abril, no Diário Oficial do Estado.

O valor da prestação de serviços entre a banca e o governo do estado ficou estipulado em R$ 12.999.600,00.

Clique aqui para ler o documento de dispensa de licitação na integra.

Concurso SEE SP irá ofertar mais de 15 mil vagas para professores

O novo concurso para professores de SP contará com mais de 15 mil vagas efetivas em todo o estado.

O anúncio do certame foi feito durante evento realizado no Palácio dos Bandeirantes, no mês de março.

A comissão organizadora do certame já está formada e, segundo informações da própria pasta, cerca de 15 mil vagas devem ser oferecidas pelo edital.

O concurso prevê a criação de vagas para professores de todas as disciplinas que compõe o currículo escolar nacional divididas entre jornada completa (25 horas) e jornada ampliada (40 horas).

Do total de vagas previstas para o certame, 10.742 serão destinadas aos professores em jornada ampliada de trabalho docente, ou seja, 40 horas semanais. As demais 4.258 vagas serão oferecidas aos professores em jornada completa de trabalho ou 25 horas semanais.

Em nota à imprensa, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo informou que “Já foi montada uma comissão que está dando andamento ao edital. A Seduc trabalha para que haja uma contratação rápida e que atenda às necessidades pedagógicas da Pasta. As 15 mil vagas do concurso serão distribuídas entre todas as disciplinas conforme demanda das unidades escolares”.

O concurso para professores SP está autorizado desde setembro do ano passado, ainda durante a gestão do ex-governador Rodrigo Garcia.

Os candidatos interessados em concorrer a uma das vagas oferecidas pela SEE SP para os anos iniciais do ensino fundamental devem apresentar formação em nível superior normal, pedagogia ou em programa especial de formação pedagógica superior.

Já para os anos finais do ensino fundamental ou para o ensino médio, os candidatos devem comprovar formação superior em licenciatura na disciplina desejada, como língua portuguesa, história ou biologia.

Falta de professores preocupa atual gestão

Segundo reportagem do Jornal Folha de São Paulo, uma das preocupações do atual governo é a defasagem de professores na rede estadual.

Somente na cidade de São Paulo, uma em cada três escolas estaduais possui déficit de profissionais. Das 1.072 escolas, 343 têm vagas abertas. As disciplinas com maior defasagem são Arte, Geografia, Sociologia e Matemática.

Atualmente faltam professores em 32%  das escolas estaduais. A Secretaria de Educação do Estado rebateu os dados dizendo que não eles não condizem com a realidade. Contudo, não apresentou dados que rebatam o levantamento realizado pelo jornal em novembro do ano passado.

Em nota, a Secretaria de Educação afirmou ainda que “possui 210 mil professores e que já está adotando os recursos e as condições para que o início do ano letivo de 2023 ocorra dentro da normalidade”.

Em outro levantamento, feito pela Rede Escola Pública e Universidade (REPU), foram apontados um déficit de 8,7% de professores ou 4.824 turmas sem docentes apenas nas aulas dos itinerários-formativos, parte do currículo do ensino médio onde o aluno pode escolher as disciplinas que irá cursar.

Último concurso para professores SP aconteceu em 2014

O último concurso realizado pela SEE SP já contam quase dez anos. O certame aconteceu entre os anos de 2014 e 2015, desde então o governo do estado não realizou mais nenhuma contratação efetiva de professores para a rede pública do estado.

Na ocasião, foram ofertadas 5.734 vagas para professores da Educação Básica I que atuam nos primeiros anos do ensino fundamental.

A Fundação Vunesp foi a responsável pela elaboração e organização do concurso, composto por prova objetiva, discursiva e de títulos.

As vagas, no entanto, foram destinadas apenas a capital paulista, Região Metropolitana de São Paulo e as regiões de Campinas, Vale do Paraíba e Ribeirão Preto.

Já o último concurso para professores da Educação Básica II (PEB II) que atende aos anos finais do ensino fundamental e médio, foi realizado em 2013. Ou seja, já são dez anos sem seleção pública para cargo de professor efetivo no estado.

Na época, cerca de 59 mil vagas foram oferecidas para todo o estado de São Paulo para as disciplinas de disciplinas de Arte, Biologia, Ciências Físicas e Biológicas, Educação Física, Física, Filosofia, Geografia, História e Língua Espanhola, Língua Inglesa, Língua Portuguesa, Matemática, Química, Sociologia e Educação Especial.

Sob a responsabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o certame contou com duas etapas, sendo a primeira composta por provas objetiva e discursiva e a segunda etapa com avaliação de títulos.

Quanto ganha professor de SP?

O professor da rede estadual de São Paulo possui remuneração mensal de R$ 3.845,63, para uma jornada de 40 horas semanais. O valor está equiparado com o piso salarial nacional proposto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em março de 2022 foi aprovado o novo plano de carreira para os professores estaduais. Aqueles que aderirem ao plano passam a ter salário inicial de R$ 5 mil.

A nova carreira é opcional, mas os novos professores são automaticamente inseridos nesse novo plano.

Muitos, no entanto, preferem não aderir ao plano de carreira proposto pelo último governo já que ele exclui o pagamento de bonificações, gratificações e prêmios hoje existentes, além de exigir dos professores a aprovação em uma prova de desempenho para evolução na carreira.

 

 

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