Governo Federal propõe a diversos órgãos a criação do Concurso Nacional Unificado, por meio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Isto é, trata-se de uma forma de unificar provas de diferentes concursos públicos.
Desse modo, seria possível tornar o processo mais acessível, já que chegaria a 180 cidades do país. Estes candidatos, então, devem preencher quase 8.000 vagas de servidores federais.
A aplicação das provas deve se dividir nas regiões brasileiras da seguinte forma:
- 50 cidades na região Nordeste;
- 49 cidades na região Sudeste;
- 39 cidades na região Norte;
- 23 cidades na região Sul; e
- 18 cidades na região Centro-Oeste.
O que definiu quais seriam estes municípios foi uma pesquisa recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Portanto, os órgãos que desejam participar da iniciativa devem se manifestar até o dia 29 de setembro para aderir ao Concurso Nacional Unificado. Nesse sentido, é importante lembrar que a adesão é voluntária, de forma que os órgãos podem continuar realizando seus próprios concursos, caso prefiram.
O objetivo é realizar um processo semelhante ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Assim, as pontuações são únicas, podendo ser aproveitadas por diferentes órgãos, assim como é no caso do vestibular para as universidades.
O secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão, José Celso Cardoso Jr, declarou que, de acordo com alguns estudos, este formato pode trazer uma seleção melhor.
“Este projeto é inovador e ousado. Com isso, criamos um critério de justiça de acesso às vagas públicas como nunca ocorreu antes na história do Brasil”, declarou.
A que passo está o Concurso Nacional Unificado?
No dia 28 de agosto, última segunda-feira, ocorreu a divulgação do cronograma para o Concurso Nacional Unificado.
Desse modo, já é possível saber que o processo será da seguinte forma:
- Ato normativo do Ministério da Gestão a fim de criar o comitê organizador deve sair até 20 de setembro;
- Ministérios devem se manifestar sobre interesse de aderir ao Concurso Nacional Unificado até 29 de setembro;
- Publicação do edital deve sair até 20 de dezembro;
- Realização da prova em dia único deve ocorrer no dia 25 de fevereiro de 2024.
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Além disso, o MGI também também espera que a divulgação dos resultados da primeira fase saia em abril de 2024. Então, os cursos de formação começarão entre junho e julho do próximo ano.
Como serão as provas?
Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, o Concurso Nacional Unificado se dividirá em duas partes, com aplicação no mesmo dia.
Assim, no primeiro turno, ocorrerá as provas objetivas que têm matriz em comum para os candidatos. Isto é, de forma que todos farão exames com o mesmo conteúdo.
Já no segundo momento, haverá a aplicação de provas específicas e dissertativas a partir de blocos temáticos. Desse modo, cada cargo e órgão poderá cobrar matérias mais específicas da área.
Concurso terá diversas áreas
Com o objetivo de atender diferentes órgãos federais, o Concurso Nacional Unificado trará quase 8.000 vagas, de acordo com os seguintes blocos temáticos:
- Administração e Finanças Públicas, com 580 vagas;
- Setores Econômicos, Infraestrutura e Regulação, com 1.015 vagas;
- Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário, com 1.040 vagas;
- Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, com 1.194 vagas;
- Políticas Sociais, Justiça e Saúde, com 1.470 vagas;
- Trabalho e Previdência, com 940 vagas;
- Dados, Tecnologia e Informação Pública, com 895 vagas;
- Nível Intermediário, com 692 vagas.
Isto é, o que totaliza em 7.826 oportunidades para diferentes áreas de atuação.
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É importante lembrar, nesse sentido, que já existem dezenas de órgãos federais com autorização do Governo Federal para realizar concurso público. Além disso, muitos destes se encaixam nas áreas acima. Portanto, é possível que estes manifestem interesse em aderir com Concurso Nacional Unificado.
Quais serão os órgãos a participar?
Os órgãos federais que têm interesse em participar do Concurso Nacional Unificado devem se manifestar até o dia 29 de setembro. Portanto, apenas haverá certeza de quais estes serão ao fim do prazo.
No entanto, considerando aqueles que já contam com autorização do Governo Federal para realizar concurso público, é possível ter certa expectativa de sua participação.
Nesse sentido, alguns dos órgãos federais que possivelmente estarão no Concurso Nacional Unificado são, por exemplo:
- Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), na área de Administração e Finanças Públicas;
- Bacen (Banco Central do Brasil), na área de Administração e Finanças Públicas;
- Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), na área de Setores Econômicos, Infraestrutura e Regulação;
- Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), na área de Setores Econômicos, Infraestrutura e Regulação;
- Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na área de Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário;
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na área de Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário; - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), na área de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação;
- Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), na área de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação;
- Fiocruz, na área de Políticas Sociais, Justiça e Saúde;
- Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), na área de Políticas Sociais, Justiça e Saúde;
- Auditor-fiscal do trabalho (AFT), na área de Trabalho e Previdência;
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na área de Trabalho e Previdência.
Além destes, outros órgãos federais também já têm autorização e poderão participar da iniciativa.
O que é o Concurso Nacional Unificado?
Desde que se iniciou, a nova gestão federal indica que tem o interesse de fortalecer os concurso públicos. Desse modo, a intenção seria de aumentar a qualidade do serviço público, visto que havia a renovação do quadro de servidores.
Nesse sentido, o Concurso Nacional Unificado surgiu como uma forma de democratizar mais a realização das provas. Isto é, visto que, em apenas uma prova, será possível concorrer a diferentes oportunidades.
Além disso, a intenção do “Enem dos concursos” é chegar a mais localidades, com aplicação em 180 cidades.
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A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, falou sobre o assunto.
“Estamos trabalhando para unificar os concursos autorizados, oferecendo provas em mais de 180 cidades em todas as regiões do país. Uma forma de democratização do acesso, construindo um serviço público mais diverso e representativo da sociedade brasileira”, defendeu.