Concurso Nacional Unificado: Qual será a banca examinadora?

Governo deve escolher banca nestes próximos dias.

A seleção da banca organizadora que ficará responsável pela organização do Concurso Nacional Unificado (CNU) começa a partir desta semana.

Recentemente ocorreu a confirmação de 22 órgãos que fazem parte do setor público federal que irão participar do CNU. Assim, a próxima etapa será a contratação da banca examinadora. 

Isto é, empresa que ficará responsável pelo processo de inscrição, aplicação das etapas avaliativas e divulgação dos resultados finais do processo seletivo. 

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Com a escolha desta banca, portanto, será possível finalizar o edital e publicá-lo.

Quais serão as próximas etapas do CNU?

Após a contratação da banca examinadora, será possível definir as próximas etapas necessárias para a divulgação do edital oficial do concurso.

Assim, segundo o regulamento do Concurso Nacional Unificado, a expectativa é de que a seleção de uma empresa ocorra, no máximo, até o dia 22 de novembro. 

Contudo, membros do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) destacam que a orientação é de que o processo ocorra no menor tempo possível. 

Além disso, a pasta que vem coordenando o CNU, publicou o seguinte cronograma: 

  • Publicação do edital: 20 de dezembro de 2023; 
  • Aplicação das provas: até março de 2024; 
  • Divulgação do resultado final da etapa unificada: até maio de 2024; 
  • Realização de cursos de formação, quando necessário: até julho de 2024; 
  • Nomeação dos novos servidores aprovados: até agosto de 2024.

Portanto, aqueles que desejam participar da seleção já podem reforçar seus preparativos.

O que é o Concurso Nacional Unificado?

O Concurso Nacional Unificado (CNU) é uma ação do Governo Federal, por meio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Este, então, possui o objetivo de centralizar todas as vagas que já foram autorizadas pela pasta durante este ano.

Por meio do novo formato avaliativo do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), as provas do concurso serão aplicadas de maneira simultânea em 180 cidades do país. Isto é, seguindo um modelo próximo do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem.

Com a aplicação do novo formato, a gestão espera conseguir facilitar o acesso a oportunidades do serviço público federal já que, anteriormente, a grande maioria dos concursos só contavam com provas nas principais capitais.

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Além disso, por meio do CNU, será possível que uma pessoa concorra a mais de uma vaga mediante o pagamento de somente uma taxa de inscrição.

Concurso tem 6 mil vagas confirmadas

De acordo com o regimento do Concurso Nacional Unificado, o processo seletivo contará com a oferta de 6.640 oportunidades. Isto é, sendo os cargos para nível médio e superior.

Ademais, é importante lembrar que a adesão ao novo formato ocorreu de maneira voluntária. Portanto, todos os órgãos que receberam autorização para a publicação de seus novos editais puderam escolher se iriam ou não participar do CNU.

Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, o certame contará com vagas aos seguintes órgãos:

  • Advocacia Geral da União (AGU): 400 vagas; 
  • Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel): 40 vagas; 
  • Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS): 35 vagas; 
  • Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq): 30 vagas; 
  • Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai): 502 vagas; 
  • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): 895 vagas; 
  • Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra): 742 vagas; 
  • Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep): 50 vagas; 
  • Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet): 80 vagas; 
  • Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa): 440 vagas; 
  • Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI): 296 vagas; 
  • Ministério da Cultura (MinC): 50 vagas; 
  • Ministério da Educação (MEC): 70 vagas para ATPS; 
  • Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e as carreiras transversais: 1.480 vagas; 
  • Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP): 130 vagas; 
  • Ministério da Saúde: 220 vagas; 
  • Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC): 110 vagas; 
  • Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO): 60 vagas; 
  • Ministério do Trabalho e Emprego (MTE): 900 vagas; 
  • Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC): 40 vagas; 
  • Ministério dos Povos Indígenas (MPI): 30 vagas; 
  • Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc): 40 vagas.

Vagas são nacionais?

Segundo o secretário de Gestão de Pessoas da pasta, José Celso Pereira Cardoso Júnior, apesar da aplicação das avaliações em todo o território nacional, nem todas as oportunidades serão regionais.

Dessa forma, caso o órgão conte com vagas em âmbito nacional, a divisão de vagas nestes locais estará no edital. Este é o caso do IBGE e da Funai, por exemplo.

“Tem órgãos que têm lugares de exercício que são fora de Brasília, como a Funai. Se isso já está claro para o órgão, isso já estará no edital”, destacou o secretário.

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Assim, o candidato deve se alertar ao conferir o edital.

Vagas serão divididas por blocos temáticos

Ao todo, o Concurso Nacional Unificado (CNU) contará com a oferta de 6.640 vagas, sendo elas divididas entre os seguintes blocos:

  • Administração e Finanças Públicas; 
  • Setores Econômico, Infraestrutura e Regulação; 
  • Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário; 
  • Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação; 
  • Políticas Sociais; Justiça e Saúde; 
  • Trabalho e Previdência; 
  • Dados, Tecnologia e Informação Pública; e 
  • Nível intermediário (Nível médio).

De acordo com José Celso, cada bloco temático contará com a publicação de um edital.

“Ao invés de fazer um edital gigante de 1.000 páginas, é melhor e mais didático ter editais por blocos. Para os candidatos se orientarem e até mesmo tomarem decisão sobre qual bloco querem concorrer”, detalhou o integrante do MGI.

Desta forma, ocorrerá a publicação de oito editais. Contudo, o formato de cada grupo e a divisão das oportunidades ainda está em processo.

O secretaria de Gestão de Pessoas pontuou que, no momento da inscrição, cada candidato deverá selecionar o bloco temático de seu interesse. Logo após, será necessário que o mesmo informe qual as funções preteridas, seguindo uma ordem de preferência, entre as oportunidades que se encontram no grupo.

“Bloco temático é a área governamental ou a área de atuação programática do governo. Cada bloco vai ter entre 500 até 1.000 vagas. Uma mesma pessoa poderá se inscrever para essas centenas de vagas em um mesmo bloco pagando uma única taxa de inscrição”, destacou José Celso.

O objetivo do Governo Federal é de que o formato avaliativo aconteça, pelo menos, a cada dois anos, até que se torne o principal formato para a oferta de vagas públicas federais.

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