O novo concurso do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) já conta com um possível cronograma com todas as etapas do certame detalhadas.
O documento foi encaminhado junto com o pedido de autorização ao Governo Federal e, agora, aguarda aprovação.
De acordo com a prévia do cronograma, o edital está previsto para ser publicado entre os dias 12 e 14 de agosto de 2024. Já a data provável de inicio das inscrições é 15 de agosto de 2024. Confira a seguir o cronograma completo com as principais datas previstas pelo órgão:
- Elaboração do Projeto Básico e Plano de Execução – entre 01 e 04/07/2024;
- Escolha da Banca – entre 16 e 21/07/2024;
- Elaboração do contrato – entre 22 a 28/07/2024;
- Assinatura do Contrato e Publicação de Extrato de contrato – entre 29 a 31/07/2024;
- Publicação do Edital – entre 12 a 14/08/2024;
- Inscrição via internet (30 dias para as inscrições) – De 15/08 a 14/09/2024;
- Pedido de isenção do pagamento da taxa de inscrição – De 15 a 25/09/2024;
- Aplicação das provas objetivas e discursiva – 21/12/2024
- Homologação do resultado final do concurso e publicação no D.O.U – De 23 a 25/02/2025.
O IPEA reforçou a necessidade de recomposição do quadro para garantir o desenvolvimento de suas atividade, além de citar o baixo número de servidores atuais.
A expectativa é favorável, uma vez que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, já havia comentado sobre a necessidade de um novo concurso para a fundação.
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, também está otimista na realização de novos certames federais e a movimentação recente para as autorizações aumentam ainda mais a expectativa em torno do concurso IPEA.
De acordo com o documento, o órgão solicita 200 vagas para o cargo de Técnico de Planejamento e Pesquisa, sendo 100 para provimento imediato e outras 100 para cadastro reserva, distribuídas entre as seguintes especialidades:
- Planejamento, Pesquisa e avaliação das Políticas Públicas e da Gestão Governamental: 45 vagas para ampla concorrência; 12 vagas para negros e 3 vagas PcD;
- Planejamento, Gestão e Logística: 9 vagas para ampla concorrência; 12 vagas para negros e 1 vaga PcD;
- Planejamento e Gestão do Conhecimento e de Dados: 20 vagas para ampla concorrência; 6 vagas para negros e 2 vagas PcD;
Caso seja autorizado, o edital do concurso IPEA deve ser publicado somente no segundo semestre de 2024, com homologação do resultado final previsto para fevereiro de 2025.
Os salários dos aprovados é atrativo. Atualmente, a remuneração oferecida pelo IPEA gira em torno de R$ 20.924,79 (já com o reajuste de 9%). Além da remuneração, o aprovado ainda tem direito a auxílio alimentação no valor de R$ 658,00.
O último concurso IPEA foi realizado em 2008 e teve o Cebraspe como banca organizadora. Na ocasião, o certame ofereceu vagas para os cargos de Analista de Sistemas (especialidade de Suporte de Banco de Dados e Suporte de Infraestrutura) e Técnico de Desenvolvimento e Administração (diversas especialidades).
Os candidatos foram avaliados em cinco etapas, conforme segue:
- Prova objetiva;
- Prova discursiva (exceto para alguns cargos);
- Prova prática de revisão de texto (somente para Técnico na especialidade de Revisão de Textos Científicos)
- Prova discursiva (somente para o cargo de Técnico de Planejamento e Pesquisa)
- Avaliação de títulos.
Novos concursos federais em pauta
As autorizações de novos concursos públicos estão a pleno vapor. No dia 02 de maio, dois concursos de grande porte já foram autorizados, o do Ministério do Meio Ambiente, com 98 vagas, e da Funai, com 502 vagas.
Além destes, estão previstas ainda as autorizações para concursos do Incra. A expectativa é que até o final do mês de maio cerca de 2 mil vagas sejam anunciadas oficialmente.
“O primeiro bloco, que será divulgado nessa semana, é de 1.500 a 2.000 vagas. E isso já incluindo os 502 novos cargos da Funai, mais Meio Ambiente, Incra, e os cargos transversais de analistas de Políticas Sociais, de Infraestrutura e de Tecnologia da Informação”, disse Esther em entrevista ao Jornal Correio Brasiliense.
A principio, era para ter sido anunciado no dia 10 de abril, data em que foi comemorado os cem primeiros dias do governo do presidente Lula, um pacote com autorização de diversos concursos. No entanto, o prazo não foi suficiente para fechar os números e determinar a lista de órgãos que serão contemplados neste primeiro momento.
Segundo a ministra, já existe orçamento previsto para realização dos concursos, mas serão priorizados aqueles com maior déficit de pessoal.
“Várias áreas estão com dificuldade. Foi um período de muito desmonte, praticamente sem nenhum concurso”, disse a ministra em entrevista à EBC.
Em fevereiro deste ano, Esther mencionou órgãos federais com carência de servidores, como o IBGE e o Banco Central, e, portanto, a necessidade de novos certames.
A ministra ainda afirmou que pretende realizar ainda neste ano um pacote de concursos só para os ministérios, além de outros de grande porte.
Ainda de acordo com a ministra até o final de 2023 podem ser autorizados até três pacotes de concursos federais, incluindo esse primeiro previsto para ser divulgado nos próximos dias.
Carreiras de nível superior serão priorizadas
A ministra Esther Dweck afirmou, em entrevista ao Jornal Correio Brasiliense, que as carreiras de nível superior terão prioridade nesses novos concursos.
“Uma coisa que aconteceu no governo Jair Bolsonaro foi que, para reduzir custos, eles fizeram muitos concursos para nível médio. Achamos que algumas carreiras precisam ser de nível médio, como é o caso da Funai, mas temos uma tendência a priorizar mais as demandas por nível superior. A nossa lógica é que precisamos ter gente mais perene, que vai ficar, exceto em casos onde tem especificidades que demandem mais o nível médio”, disse.
Ainda, segundo a ministra, as carreiras transversais também estarão no foco dos novos concursos federais, com destaque para os cargos de analista.
“Estamos muito focados nas carreiras de analista de infraestrutura, analista de tecnologia da informação (ATI) e analista técnico de Políticas Sociais (ATPS). O governo perdeu muita gente dessas carreiras, em todas as áreas, e queremos dar um peso maior nelas para preencher cargos nos ministérios recém-criados. E têm carreiras, como ATI, em que as pessoas saem porque é muito valorizada no mercado privado e com salário relativamente baixo no Executivo”, informou.