A ministra Esther Dweck, do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, autorizou nesta quarta-feira, 17, um edital para o preenchimento de 8.141 vagas para o IBGE.
A portaria com a autorização foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta. Clique aqui para ler o documento na íntegra.
A ministra comemorou a abertura do edital em post nas redes sociais.
“Bom dia com autorização no DO para o @ibgecomunica fazer concurso para 8.141 vagas temporárias. O governo @LulaOficial aos poucos vai reconstruindo o Estado brasileiro e sua capacidade de oferecer políticas públicas a quem + precisa”, disse Esther.
O processo seletivo prevê a contratação de profissionais de modo temporário para cargos de nível médio e superior.
Os novos contratados irão atuar nas atividades relacionadas ao Censo Demográfico de 2022 e na coleta de pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
As vagas serão distribuídas da seguinte forma:
Nível médio
- Codificador: 120 vagas;
- Agente censitário mapeamento: 148 vagas;
- Agente de pesquisas e mapeamento: 6.742 vagas;
- Agente de pesquisa por telefone: 276 vagas;
Nível superior
- Supervisor de coleta e qualidade – 806 vagas;
- Supervisor de pesquisa – 49 vagas;
Com a autorização, o IBGE tem agora até seis meses para publicar o edital, contando a partir desta quarta, 17 de maio. Ou seja, o prazo máximo para o documento ser divulgado é 17 de novembro.
De acordo com a portaria, o prazo de duração do contrato será de um ano, podendo ser prorrogado mais uma vez.
A remuneração não foi informada no documento, mas ficará a cargo do IBGE determinar os salários dos servidores temporários.
Concurso IBGE para efetivos deve sair em 2023
Um concurso para contratação efetiva de funcionários do IBGE deve ser divulgado ainda neste ano de 2023.
O pedido já foi encaminhado para o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) e conta com a solicitação de abertura de 2.378 vagas para os cargos de:
- Analistas de planejamento, gestão e infraestrutura em informações geográficas e estatísticas – 412 vagas;
- Tecnologistas em informações geográficas e estatísticas – 467 vagas;
- Pesquisadores em informações geográficas e estatísticas – 11 vagas;
- Técnicos em informações geográficas e estatísticas – 1.488 vagas.
Os salários previstos atualmente são de R$ 8.488,47 para analistas, R$ 9.389,06 para pesquisadores e R$ 3.677,27 para técnicos.
Segundo a ministra Esther Dweck, já existe orçamento previsto para realização do concurso IBGE e de outros que estão na pauta do governo, mas serão priorizados aqueles com maior déficit de pessoal.
“Várias áreas estão com dificuldade. Foi um período de muito desmonte, praticamente sem nenhum concurso”, disse a ministra em entrevista.
Em fevereiro deste ano, Esther mencionou órgãos federais com carência de servidores, como o IBGE e o Banco Central, e, portanto, a necessidade de novos certames.
“Desde que eu estava aqui [no governo Dilma Rousseff], eu já acompanhava áreas que tinham muita gente em abono de permanência, com risco de aposentadoria, e a reforma da Previdência em 2019 acelerou. Áreas que já estavam com risco muito grande, com 30% da folha podiam se aposentar. [Como] IBGE e Banco Central, mas tem outras também”, informou.
O novo concurso IBGE deve integrar o pacote de concursos federais anunciado pela ministra no inicio de abril.
O presidente Lula foi categórico ao afirmar a necessidade de novos concursos públicos federais.
“Não se pode deixar a máquina paralisada. A gente vai ter que fazer concurso em várias carreiras que tinham desaparecido”, afirmou o presidente. A fala aconteceu nessa última sexta-feira, 28, durante cerimonia de reajuste salarial dos servidores.
Lula ainda comentou sobre a incompreensão de algumas áreas da sociedade que não entendem a importância dos concursos públicos.
“Algumas pessoas dizem que vai começar a gastança. As pessoas não querem compreender que, para melhorar qualquer serviço público, você tem que contratar seres humanos para fazer o serviço”, esclareceu.
O presidente também mencionou a necessidade de contratação de servidores para uma melhor prestação de serviços para a sociedade.
“Você não melhora a Educação sem professor e servidores técnico-administrativos. Você não melhora a Saúde, sem mais médicos, enfermeiros. Você não melhora o serviço público sem contratar mais gente”, destacou.