Concurso de nível fundamental do IBGE vai abrir 180 mil vagas em março
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai abrir novos editais de concursos públicos em breve: 180 mil vagas
Previsto para ser publicado em fevereiro, o edital de concurso público do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Concurso IBGE 2020) para 208.695 vagas temporárias vai ficar para março. Segundo algumas fontes do órgão ao site Folha Dirigida, o documento de abertura será publicado no dia 06 de março, uma sexta-feira.
“O IBGE não irá publicar o edital do PSS do Censo 2020 em 18 de fevereiro. A previsão é que esta publicação aconteça no início de março”, disse o Instituto. O Cebraspe foi a banca escolhida para organizar o certame, que terá vagas para todo o país.
A confirmação do IBGE veio logo após o coordenador operacional do Rio Grande do Sul, Luiz Eduardo Azevedo, informar que os editais seriam publicados no próximo dia 18. Na ocasião, o coordenador informou que os interessados poderiam se inscrever entre 02 e 27 de março.
O destaque do concurso vai para o cargo de Recenseador. A função, que exige nível fundamental, vai ter 180 mil vagas. O salário é variável, conforme a produção. Ao todo, o concurso IBGE 2020 terá 208.695 vagas temporárias, com a seguinte distribuição:
Agente Censitário Municipal – Nível Médio – 5.462 vagas – Salário de R$2.100
Agente Censitário Supervisor – Nível Médio – 22.676 vagas – Salário de R$1.700
Recenseador – Nível Fundamental – 180.557 vagas – Salário de R$1.278,94
Os aprovados no concurso vão atuar no Censo Demográfico 2020, em todo o país. Segundo o projeto básico do edital, o contrato dos agentes terá duração de cinco meses. Já o Recenseador vai atuar, inicialmente, por três meses. É possível que este período ainda seja prorrogado pelo IBGE.
As avaliações objetivas dos agentes serão realizadas, simultaneamente, em 4.612 municípios. Já a prova de recenseador será aplicada em 5.569 municípios. As avaliações vão acontecer nos 26 estados, além do Distrito Federal.
Veja a distribuição das questões das provas:
Agentes – 60 questões: Língua Portuguesa (10); Raciocínio Lógico Quantitativo (10); Ética no Serviço Público (05); Noções de Administração/Situações Gerenciais (15); e Conhecimentos técnicos (20).
Recenseador – 50 questões: Língua Portuguesa (10); Ética no Serviço Público (05); Matemática (10); e Conhecimentos técnicos (25).
Concurso IBGE: convocações até agosto
Os próximos editais de concursos seguem previstos para fevereiro. Porém, convocações dos aprovados neste certame não devem demorar. A previsão é que em agosto o instituto realize chamadas dos aprovados, uma vez que a coleta de dados para o Censo Demográfico 2020 será realizada entre os meses de agosto e outubro. Logo, os aprovados precisam ser convocados para este trabalho.
No Censo, serão visitados todos os domicílios do país. Os recenseadores, que contam com 196 mil vagas previstas, irão coletar as informações através de uma entrevista direta.
Sobre o Censo do IBGE
O que é o Censo? – A palavra censo vem do latim census e quer dizer “conjunto dos dados estatísticos dos habitantes de uma cidade, província, estado, nação”. O Censo é a única pesquisa que visita todos os domicílios brasileiros (cerca de 58 milhões espalhados por 8.514.876,599 km²). Para conhecer a situação de vida da população em cada um dos 5.565 municípios do país. Um trabalho gigantesco, que envolve cerca de 230 mil pessoas, bem diferente da pesquisa amostral, que, como o próprio nome indica, investiga uma amostra da população e, a partir de modelos estatísticos, chega à representação do todo.
Para que serve o Censo? – O Censo é a principal fonte de dados sobre a situação de vida da população nos municípios e localidades. São coletadas informações para a definição de políticas públicas em nível nacional, estadual e municipal. Os resultados do Censo também ajudam a iniciativa privada a tomar decisões sobre investimentos. Além disso, a partir deles, é possível acompanhar o crescimento, a distribuição geográfica e a evolução de outras características da população ao longo do tempo.
Que políticas públicas podem ser geradas a partir dos resultados do Censo? – Através do Censo, o poder público pode identificar áreas de investimentos prioritárias em saúde, educação, habitação, saneamento básico, transporte, energia, programas de assistência à infância e à velhice. E também selecionar locais que necessitam de programas de estímulo ao crescimento econômico e desenvolvimento social.
O Censo interfere nos repasses de verbas públicas? – Ao contar a população, o Censo produz resultados que servem de parâmetro para saber quanto cada cidade receberá de repasse federal. São os resultados do Censo que fornecem as referências para as estimativas populacionais realizadas nos anos seguintes, com base nas quais o Tribunal de Contas da União (TCU) define as cotas do Fundo de Participação dos Estados e do Fundo de Participação dos Municípios. Além de fornecer informações imprescindíveis para a distribuição orçamentária das pastas da Educação, Cultura, Saúde e Infraestrutura, baseadas no número e distribuição da população.
O Censo interfere na representação política? – Sim. São os resultados do Censo que fornecem as referências para as estimativas populacionais, com base nas quais é definido o número de deputados federais, estaduais e vereadores de cada estado e município.
Como a iniciativa privada utiliza os dados do Censo? – Os dados do Censo fornecem parâmetros para as decisões de investimentos do setor privado, como a seleção de locais para a instalação de fábricas, shopping centers, escolas, creches, cinemas, restaurantes etc.
Como os censos surgiram no Brasil? – Antes de 1870, as estatísticas sobre a população brasileira eram conjecturais, destinadas a atender aos interesses de nossa então metrópole, Portugal. Sob recomendação da coroa portuguesa, autoridades eclesiásticas no Brasil contaram a população em 1776, e estimou-se que no Brasil viviam 1.900.000 “almas”.
Quando ocorreu o primeiro Censo no Brasil? – O IBGE considera que o primeiro Censo Demográfico do Brasil foi realizado em 1872, época em que o país era uma monarquia governada pelo imperador D. Pedro II. Além de perguntas sobre sexo, idade, escolaridade e estado civil, religião e deficiência física, o questionário incluía a pergunta se a pessoa era livre ou escrava. Já o primeiro Censo a ser realizado pelo IBGE foi o de 1940.