Concurso BACEN autorizado com 100 vagas já tem banca definida; edital deve sair em breve com provas previstas para março de 2024 - Notícias Concursos

Concurso BACEN autorizado com 100 vagas já tem banca definida; edital deve sair em breve com provas previstas para março de 2024

Ao todo, o novo concurso BACEN contará com 100 vagas para a carreira de analista.

O novo concurso do Banco Central trará vagas para o cargo de especialista com salários previstos de até R$ 20 mil

Novidades no concurso BACEN! Foi publicado nessa segunda-feira, 13, o extrato de dispensa de licitação que oficializa a banca que será responsável pelo certame.

De acordo com o documento, o Cebraspe foi a empresa escolhida para organizar todas as etapas do processo de seleção.

O cronograma previsto para o órgão prevê a realização das provas entre os meses de março e abril de 2024. Já a realização do Programa de Capacitação (ProCap) deve ocorrer entre os meses de setembro e outubro.

A admissão dos aprovados, no entanto, está prevista para acontecer somente em fevereiro ou março de 2025.

Quais serão as vagas do concurso BACEN?

Ao todo, o novo concurso BACEN contará com 100 vagas para a carreira de analista, dividida entre as seguintes especialidades:

  • 50 para a área de Tecnologia da Informação;
  • 50 para as demais áreas relacionadas à Economia e Finanças.

O salário previsto para os aprovados é de R$ 20.924,80, contudo, o salário ao final da carreira, poderá chegar a R$ 29.832,94. Além da remuneração mensal, o servidor ainda tem direito a auxilio alimentação no valor de R$ 658.

Para o cargo de analista é preciso ter o nível superior em qualquer área de formação.

Concurso BACEN autorizado com 100 vagas já tem banca definida; edital deve sair em breve com provas previstas para março de 2024
Ao todo, o novo concurso BACEN contará com 100 vagas para a carreira de analista. Imagem: Modal Mais

Último concurso BACEN já tem dez anos

Sem concurso público há dez anos, o Banco Central do Brasil (BCB / Bacen) sofre com a defasagem de servidores, remunerações defasadas e a consequente desvalorização das carreiras do órgão.

O alerta foi feito pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (SINAL) que, além dos problemas mencionados acima, ainda destaca a evasão de mão de obra altamente qualificada, o que contribui para erros e a má gestão interna do órgão.

No inicio de janeiro deste ano, por exemplo, foi relatado um erro interno sobre a criação de novos códigos de operações cambiais. Para o sindicato, o ocorrido é fruto da falta de pessoal e à defasagem salarial que desmotiva os servidores.

“Já são dez anos sem qualquer concurso público e com remunerações defasadas e assimetrias injustificáveis, o que agrava o risco de RH e implica a piora significativa do clima organizacional, impactando diretamente na rotina laboral do órgão”, afirmou o sindicato, em nota.

De acordo com dados fornecidos pelo Bacen existem 3.071 cargos vagos na autarquia federal.

Desse total, 2.493 cargos vagos para analistas, 142 para procuradores e 436 para técnicos.

Último concurso Bacen aconteceu em 2013

O último concurso realizado pelo Bacen foi no ano de 2013. Na ocasião foram ofertadas 500 vagas para os cargos de técnico e analista.

A banca responsável pelo certame também foi a Cebraspe. Os candidatos foram avaliados por meio de prova objetiva.

As provas foram aplicadas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Belém, Fortaleza, Recife e Salvador.

Concurso Banco Central é visto como inoportuno

Para o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad, o concurso do Banco Central é visto como inoportuno.

“O Sinal entende que a realização de concurso neste momento é inoportuna e uma forma de inviabilizar a pauta reivindicatória da categoria. Dentro de um cenário de sucateamento da autarquia e de desmotivação funcional, o concurso público atrairia candidatos com formação educacional de segundo grau ou interessados em usar o BC apenas como trampolim para outras carreiras com remuneração superior”, informa o sindicato.

Entretanto, ainda de acordo com o SINAL, com a reestruturação da carreira, o resultado seria o inverso.

“O concurso atrairia candidatos com maior nível de escolaridade e a Autarquia conseguiria manter em seus quadros os novos servidores com maior quali?cação. Sem a reestruturação, o Sinal prevê um agravamento do quadro de desmonte a olhos vistos da carreira de Especialista do BC, que vem ocorrendo na última década, com reajustes abaixo da in?ação e com as crescentes assimetrias em relação a carreiras congêneres.”, explica o sindicato em nota.

As principais mudanças propostas na reestruturação de carreira dos servidores do Banco Central do Brasil incluem:

  • Exigência de ensino superior para o cargo de técnico: Os servidores têm pedido que o cargo de técnico seja considerado como de nível superior, o que implicaria em uma mudança na quali?cação necessária para ingressar nessa carreira;
  • Alteração de nomenclatura para o cargo de analista: A proposta também envolve a alteração de nomenclatura para o cargo de analista para Auditor, termo mais condizente com as atividades realizadas e com a importância do respectivo cargo.

Inclusive, vale destacar que muitos servidores atuais do BACEN se inscreveram para o concurso da Câmara dos Deputados visando melhores salários e planos de carreira.

Em comunicado enviado à imprensa pelo Sinal, o presidente menciona preocupação com a possível saída dos servidores.

“Somente no Departamento de Informática do BC são 19 servidores, incluindo um chefe de subunidade e seis coordenadores, que pretendem prestar o concurso. Tal êxodo pode causar um caos na autarquia. O BC está se transformando em um centro de treinamento de luxo, no qual os servidores recém concursados se qualificam através de treinamentos e práticas diversas, mas depois são capturados pelo setor privado e por alguns outros órgãos públicos por causa dos altos salários destes últimos”, informa o comunicado.

Ao todo, segundo o Sinal, 157 servidores do Bacen se inscreveram para o concurso da Câmara dos Deputados.

“Se o descaso por parte do governo continuar, o indicativo de greve, por tempo indeterminado a partir da segunda quinzena de novembro, pode vir a ser apresentado à categoria. uma greve é uma possibilidade entre os funcionários do Banco Central”, finaliza.

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