Quem já teve alguma conta bancária ou investimento em instituições financeiras sabe que é comum acontecer de deixar algum dinheiro para trás. Pode ser uma conta antiga que não fechada ou até mesmo um depósito esquecido em uma poupança. O que muitos ainda não sabem é que esse dinheiro esquecido têm chance de recuperação.
E para quem não está familiarizado com o assunto, uma ótima notícia é que o Banco Central oferece uma ferramenta online para o cidadão ter de volta o dinheiro esquecido. Abaixo, explicaremos como funciona o processo de consulta pelo Banco Central, para que você possa recuperar o que é seu por direito.
O que é o dinheiro esquecido?
O dinheiro esquecido é um recurso financeiro depositado em alguma instituição financeira e que, por algum motivo, foram deixados pelo titular da conta. Isso pode acontecer por diversas razões, como:
- Mudança de endereço sem a devida atualização;
- Perda de documentos;
- Falecimento do titular da conta;
- Entre outras.
O que diz a lei sobre dinheiro esquecido?
Conforme a legislação brasileira, as instituições financeiras têm a obrigação de guardar esses recursos em contas específicas. Estas se separam do patrimônio da instituição pelo prazo de 20 anos.
Após esse período, se não houver movimentação ou solicitação do titular, esses recursos se transferem para o Banco Central. Então, a instituição passa a ser o responsável pela sua guarda.
Como fazer a consulta do dinheiro esquecido?
Para fazer a consulta do dinheiro esquecido, o primeiro passo é acessar o site do Banco Central do Brasil, na seção “dinheiro esquecido”. É importante lembrar que a consulta no site é somente de valores depositados em:
- Instituições financeiras quebradas;
- Liquidadas;
- Instituições extintas;
- Instituições que não existem mais.
Se o dinheiro estiver em uma instituição financeira ainda em funcionamento, o titular precisa contatar diretamente o banco.
Ao acessar o site do Banco Central, o titular deverá preencher um formulário com seus dados pessoais, como:
- Nome completo;
- CPF;
- Data de nascimento;
- Endereço atualizado.
É importante que todas as informações estejam corretas e atualizadas, para a consulta ser efetiva. Após preencher o formulário, o titular tem que selecionar a instituição financeira onde o valor está. Assim, precisa informar o nome da instituição e o tipo de conta onde o dinheiro permanece. Também é necessário informar o número da conta, caso o titular tenha essa informação.
Por fim, o titular deve aguardar o resultado da consulta. Se tiver dinheiro esquecido em seu nome, o Banco Central entrará em contato com o titular. Dessa forma, a instituição informará sobre o procedimento para a recuperação desses recursos.
Quanto tempo leva para recuperar o dinheiro?
O tempo para recuperar o dinheiro esquecido pode variar, dependendo do caso. Se o valor tiver a identificação durante a consulta, o Banco Central entrará em contato com o titular para informar os procedimentos necessários para a recuperação dos recursos. O prazo para a liberação do valor dependerá dos trâmites necessários para a transferência do valor para a conta do titular.
Mais de R$ 300 milhões tiveram o resgate
O Banco Central (BC), divulgou que mais de R$ 342 milhões tiveram o resgate feito por brasileiros que encontraram dinheiro esquecido em instituições financeiras. O balanço, que abrange o período entre os dias 10 de abril e 7 de março, foi divulgado pela autoridade monetária após a nova consulta ao Sistema de Valores a Receber (SVR).
Apesar do valor expressivo, ele representa apenas 5,7% dos mais de R$ 6 bilhões disponíveis para resgate. Tanto pessoas físicas quanto jurídicas podem verificar se há algum valor esquecido em instituições financeiras no Brasil.
O Banco Central informou que cerca de 643 mil pessoas físicas têm mais de R$ 1 mil para sacar. Para verificar se você tem direito a economizar algum dinheiro, é necessário acessar o site do Sistema de Valores a Receber do Banco Central.
Ao fornecer o número do CPF e a data de nascimento, a pessoa pode consultar se há dinheiro esquecido. No caso das empresas, é necessário fornecer o número do CNPJ ativo e os dados de criação da organização. É preciso se cadastrar no portal do Governo Federal, gov.br, para poder verificar o valor disponível para resgate.