Complementos verbais
Existem verbos que para terem o sentido completo na oração precisam de um termo que o complete o sentido. Chamamos esse termo de complemento verbal.
Para entender melhor, pense em verbos como “comprar”, “precisar”, “fazer”. Agora imagine alguém dizendo a você “Eu comprei”. Qual será a sua reação? Provavelmente, você perguntará “Comprou o quê?”, não é?
Confira a seguir os tipos desses complementos temos na língua portuguesa.
Objeto direto
O objeto direto é o complemento dos verbos transitivos diretos. Esses verbos pedem complemento sem preposição. Ou seja, o objeto direto não pode ser introduzido por preposição.
Observe:
Tereza comprou um carro.
Primeiramente, lembre-se de localizar o verbo da oração (comprou). Isso deve ser feito, pois é a partir do verbo que localizaremos seu complemento. Localizado o verbo, procure o termo que o completa o sentido. Nesse exemplo, o termo que complementa o sentido do verbo é “um carro”. Note que “um carro” não é introduzido por uma preposição (de, para, com, em, etc.). Logo, o termo “um carro” é objeto direto do verbo “comprou”.
Objeto indireto
O objeto indireto é o complemento dos verbos transitivos indiretos, que são os verbos que pedem complemento com preposição. Logo, o objeto indireto sempre será introduzido por uma preposição.
Ex.:
Rafaela concordou com Antônia.
Perceba que o verbo “concordar” pede um complemento. Pois quem concorda concorda com algo ou alguém. Não é mesmo? Agora perceba também que o complemento exigido por esse verbo vem acompanhado de uma preposição (com). Portanto, “com Antônia” é objeto indireto.
Como diferenciar os dois complementos verbais?
A melhor forma de diferenciar o objeto direto do objeto indireto é analisando se o verbo pede preposição ou não. Além disso, é bom também você verificar o contexto, pois a predicação de alguns verbos pode mudar.
Agora, você deve estar se perguntando como analisar se o verbo pede preposição. Isso é bem fácil e funciona como se estivéssemos questionando o verbo. Confira:
Quem compra compra algo.
Quem precisa precisa de algo.
Quem faz faz algo.
Quem concorda concorda com algo (ou com alguém).
Perceba que em alguns casos teremos uma preposição antecedendo o termo “algo”, e em outros o termo algo aparecerá sozinho (sem preposição). Simples assim:
Sem preposição = objeto direto
Com preposição = objeto indireto
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