O Banco Central (BC) está trabalhando para lançar o DREX o mais rápido possível. Para quem ainda não ouviu falar do DREX, trata-se do real digital, a extensão do papel moeda brasileiro, cuja implementação deverá acontecer nos próximos meses.
Para ajudar a população a entender melhor como o DREX funcionará, o BC divulgou um vídeo explicando as principais questões que geram dúvidas aos brasileiros.
A saber, o BC iniciou os testes com a moeda alguns meses atrás, mas apenas em ambiente simulado, ou seja, não envolveu transações e valores reais. A expectativa é que o projeto siga em execução até fevereiro de 2024.
Com a proximidade do final do projeto, o BC decidiu retirar algumas dúvidas da população.
Como o DREX vai funcionar?
De acordo com o BC, o DREX vai permitir a realização de contratos com mais facilidade e segurança. Além disso, as transações terão um custo mais baixo para ajudar a população. Em suma, o real digital vai facilitar a contratação de empréstimos, bem como a venda de carros ou imóveis, além de outros serviços.
Cabe salientar que tudo isso já é possível atualmente, mas o processo com o DREX será mais fácil e rápido. Segundo BC, o negócio só será efetivado quando todas as etapas forem cumpridas. Assim, não haverá riscos de alguma parte realizar o pagamento e a outra não transferir o documento, ou vice-versa.
Na verdade, isso será possível porque as operações atuais não se comunicam entre si. Por exemplo, o sistema bancário e o cartório, responsáveis pelo pagamento e pela documentação, respectivamente, não são integrados. Assim, o processo acaba se tornando mais caro e demorado, isso sem contar na insegurança que as partes acabam sentindo.
Com o DREX, tudo será diferente, pois tudo será integrado. “O DREX irá juntar tudo em um só lugar, fazendo com que esse tipo de negociação seja mais rápido, mais seguro e mais barato“, explicou o BC.
Outros benefícios com o real digital
No vídeo de explicação, o Banco Central também afirma que os empréstimos deverão ficar mais baratos no país. Em síntese, tanto os clientes quanto os bancos deverão se beneficiar com o DREX, que vai reduzir os custos destas operações.
Os brasileiros também poderão realizar serviços como o pagamento de contas simples, incluindo aquelas de mercados e de restaurantes, quando as pessoas dividem a conta para cada um pagar as suas parte.
Por que o nome é DREX?
Muitas pessoas estão se perguntando porque o Banco Central escolheu o nome DREX para o real digital. Em resumo, a autarquia explicou que cada letra que compõe o nome da nova moeda se refere a uma característica da ferramenta.
Confira abaixo o significado de cada letra:
- D representa a palavra digital;
- R corresponde a real;
- E se refere à palavra eletrônica;
- X passa a ideia de conexão, modernidade.
O BC ainda revelou que a letra X foi escolhida para repetir a última letra do PIX, o meio de pagamento instantâneo que consiste na transação de valores financeiros entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. Isso o torna rápido e prático, sem contar que o sistema também é bastante seguro.
Real digital vai acabar com o papel?
Com a proximidade do lançamento da moeda, muitos brasileiros se perguntam se o lançamento do real digital vai acabar com o dinheiro em papel no Brasil. Contudo, as pessoas que estão se preocupando com isso podem ficar tranquilas, porque isso não acontecerá.
Na verdade, a moeda virtual oficial será apenas uma extensão do papel moeda. Assim, as pessoas terão a possibilidade de utilizá-la para realizar transações financeiras, como já o fazem com o dinheiro presente em contas bancárias ou aplicativos financeiros real. Aliás, o BC irá emitir a moeda, além de ser responsável por sua custódia.
Em outras palavras, os brasileiros terão mais uma forma de movimentação financeira virtual. Isso sem falar que também haverá a possibilidade de converter a moeda virtual e sacá-la em papel-moeda. O principal objetivo do real digital é aumentar a eficiência e reduzir os custos, prestando serviços que atualmente não são possíveis no Brasil.
O BC afirma que o real digital vai ajudar a reduzir os custos das operações bancárias para a população. Em suma, a expectativa é que isso ajude a popularizar produtos bancários através das fintechs, que são pequenas empresas de tecnologia ou startups cuja atuação ocorre no setor financeiro.