Com uma parte considerável de nossas vidas acontecendo no mundo online, pode parecer trabalhoso estar em dia com a segurança cibernética. As senhas, por exemplo, costumam ser negligenciadas, conforme aponta uma pesquisa da BDG Studios/OnePoll com mais de 1 mil pessoas da geração Z nos Estados Unidos, que descobriu que quase 40% dos participantes relataram usar a mesma senha em várias contas.
A geração Z é composta por pessoas que hoje têm entre oito e 23 anos e o uso repetido de senhas as deixa vulneráveis a ataques e tentativas de fraude. O pior é que esse não é o único comportamento questionável de segurança cibernética. A mesma pesquisa descobriu que apenas 39% dos participantes apagam fotos de informações altamente privadas – como CPF ou números de cartão de crédito – imediatamente.
Por isso, é importante que pais e responsáveis conversem sobre o compartilhamento de informações confidenciais e riscos de interagir com estranhos na internet, mesmo que pensem que conhecem e confiam na pessoa com quem estão falando.
Converse com seus filhos sobre como criar senhas fortes e aproveite para fazer uma redefinição de senhas em todas as contas principais dos seus filhos. Você pode até transformar essa tarefa em um jogo divertido, fazendo regras engraçadas sobre o que deve ser incluído.
Para os pais e responsáveis que cresceram com as primeiras interações da internet, as salas de bate-papo do UOL, Terra ou ICQ, podem ser uma boa comparação.
O principal objetivo de uma sala de bate-papo ao vivo é permitir que os usuários conversem online, em tempo real. As pessoas podem se comunicar umas com as outras, compartilhar informações via texto e interagir online.
Muitas dessas funções não são supervisionadas pelos administradores e são realizadas por meio de mensagens privadas, o que pode ser perigoso.
Embora essas salas, na época, oferecessem apenas comunicação por texto (ainda não tínhamos mais tecnologia), havia diferentes espaços destinados a grupos para conversar sobre interesses específicos. Alguns deles eram para menores, enquanto outros eram específicos para adultos.
E se você era jovem durante esses anos, pode se lembrar de participar de salas de bate-papo apropriadas para a idade e também de explorar outras, que definitivamente não eram para você.
Por isso é preciso conversar sobre as redes sociais de hoje e debater o compartilhamento de informações confidenciais e os riscos de interagir com estranhos online, mesmo que eles pensem que conhecem e confiam na pessoa com quem estão falando.
Essas conversas podem ser estranhas, mas pense nelas como outra daquelas “conversas”, que seu filho precisa para estar seguro no mundo.
A Avast compartilhou algumas dicas para que os pais e responsáveis possam manter os seus filhos seguros na internet:
Fale frequentemente sobre suas experiências online. Faça um esforço para falar sobre suas experiências e educar os seus filhos sobre o que devem observar, pois os cibercriminosos ficam mais espertos e atacam de novas maneiras todos os dias.
Devemos manter o diálogo aberto e seus filhos devem saber que podem vir até você com qualquer problema que possam ter. Também vale a pena discutir artigos de notícias relevantes ou acontecimentos nessas plataformas para iniciar a conversa.
Incentive o tempo de tela em uma área comum da casa. Quando o seu filho estiver online, o ideal é que o computador que ele está acessando ou seu dispositivo esteja em uma área comum da casa, como a sala de estar ou a sala de jantar. Dessa forma, você pode ficar de olho em suas atividades e incentivá-los a não entrar em páginas ou conversas perigosas.
É preciso destacar que o mundo digital tem suas próprias oportunidades e riscos potenciais. Mas, assim como em qualquer outra parte da vida, os pais e responsáveis podem dispor das ferramentas para orientar seus filhos e adolescentes na direção certa. Converse com eles sobre comunidades online, continue falando sobre cidadania digital e oriente-os para saídas mais produtivas.
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