Como entender o colapso sanitário brasileiro
Desde a explosão da pandemia de Covid-19, em 2020, o Brasil tem enfrentado situações alarmantes. A chegada da doença resultou no maior colapso da história nacional e tornou o país o campeão em mortalidade.
O fato é que o problema na saúde pública não começou agora. Há muitos anos o SUS (Sistema Único de Saúde) vem sendo sucateado. Além disso, o setor de pesquisa e desenvolvimento nacional sofre muito com os cortes de investimento federal. Diante da pandemia, o Brasil viu seus hospitais públicos e privados lotados e sem recursos. Faltam leitos, respiradores e medicamentos básicos para salvar vidas. Há ainda outros motivos que levam a esse triste cenário.
Diversos fatores agravam o cenário no Brasil
O primeiro problema foi a saturação do setor de saúde intensiva. A estrutura precária e a escassez de intensivistas, somado à alta demanda de pacientes, foi a receita para o caos. Em poucos meses, milhares de mortes se tornaram rotina. Mesmo com a criação de hospital de campanha e abertura de leitos, o custo de vidas foi e ainda é absurdo. Isso se explica também pela rápida evolução da doença, pois em muitos casos, o quadro se complica antes do paciente conseguir uma vaga na UTI.
Outro fenômeno que contribui para esse cenário é a exaustão dos profissionais de saúde. Médicos, enfermeiros e outros membros estão sendo obrigados a dobrar plantões para garantir o funcionamento dos leitos. Essa situação se estende há mais de um ano, e a cada dia que passa o cansaço se torna mais evidente. Além disso, esses profissionais estão submetidos ao impacto psicológico de perder pacientes todos os dias.
Somado a isso, há ainda o descaso de muitos diante das medidas de restrição e distanciamento. Em algumas cidades o que se vê é uma forte resistência ao lockdown e ao uso de máscaras. Isso mostra que, apesar de haver falhas do poder público, há também muita falha na ética social.
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