Você quer passar num concurso público e para isso precisa acertar 90% das questões da prova? Não sabe por onde começar ou até acha que sabe Língua Portuguesa, mas quando vai resolver questões, acaba errando tudo? Você tenta fazer as provas de Língua Portuguesa, mas acaba se perdendo e pensa que aquilo não faz sentido nenhum?
Não se preocupe! Neste artigo você terá o passo a passo para acertar 90% da prova de Língua Portuguesa.
Neste conteúdo, será abordado sobre a estratégia correta para conseguir melhores resultados no estudo da Língua Portuguesa. Na sequência, você entenderá sobre a importância de conhecer com profundidade o concurso e a banca. Ainda assim, falaremos se você deve ou não comprar um livro de gramática e terá uma apresentação sobre como aprender fazer uma interpretação de texto.
Ao final, vamos falar sobre os conteúdos principais, aqueles que precisa saber obrigatoriamente para os concursos de nível fundamental, médio e superior. Também mostraremos sobre a ordem correta de estudar Língua Portuguesa, para entender o que você estuda antes. Por fim, saiba que isso é muito importante e pode fazer toda diferença, quando você estiver estudando.
Melhor Estratégia
Tem muita gente na Internet, dizendo que você precisa utilizar uma estratégia para aprender Língua Portuguesa, mas essa estratégia não funciona com todo mundo. A escolha da estratégia correta precisa estar direcionada para a sua situação. Conforme a estratégia que se escolhe para utilizar, corre-se o risco de se tornar uma estratégia suicida e acabar te motivando a desistir do concurso.
Muitas pessoas dizem que é preciso começar os estudos de Língua Portuguesa a partir de questões de provas antigas – essa pode ser uma opção, desde que você já tenha uma base de Português. Ou seja, a estratégia só funciona se já existir um bom conhecimento teórico da disciplina. Pois, se responder questões e não conseguir identificar o motivo de eventuais erros de resposta, simplesmente ficará frustrado.
Portanto, se você já tem uma boa base de Língua Portuguesa estude a partir das questões de concursos anteriores. E aí em cima dessas questões pode acabar voltando na teoria, tentando entender o que errou.
Agora quem não tem uma base de Língua Portuguesa ou tem dificuldade, precisa aprender a teoria, em primeiro lugar. A partir de então seguir para resolução de questões. Porém, se você não sabe se possui alguma dificuldade entenda que identificar isso é bem simples.
Busque uma prova anterior da mesma banca do concurso que você quer e apenas tente resolver. Caso você consiga acertar menos de 70% das questões significa que não tem uma boa base de conhecimento teórico de Português. Entretanto, se você acertar mais de 70% da prova, parabéns! E neste caso, sim, poderá estudar a partir das questões, fazendo apenas revisões dos conteúdos.
Estudo voltado pra banca
Quando você se inscreve num concurso é fundamental conhecer a banca aplicadora da prova. Pois, existem diferenças de abordagens de conteúdos de uma banca para a outra. Por exemplo, se você pegar uma prova CESPE ela é muito diferente da FCC. As questões de Língua Portuguesa que a CESPE pede costumam se repetir, o esqueleto costuma se repetir. Então você precisa estudar com foco no concurso e na banca. Claro, isso se você já desconfia ou já sabe qual vai ser a banca e qual vai ser o concurso.
Dos principais assuntos cobrados pelas bancas, no assunto Interpretação de Textos a CESPE costuma cobrar 32% das questões, em relação a isso, FCC cobra 30% e FGV 34%. Ou seja, independente da banca você precisa estudar interpretação de texto. No entanto, cada banca possui uma abordagem diferente, um estilo próprio de cobrar interpretação, por isso, é necessário conhecer a banca.
Reescrita de frases e substituição de palavras ou trechos do texto é assunto que a CESPE cobra 12%, diferente da FCC que cobra 7% e FGV apenas 5%. Ou seja, apenas para a banca CESPE você terá de treinar mais a reescrita de frases, para as outras bancas não tem muita importância.
Sobre coerência e coesão a banca CESPE cobra 8%, FCC apenas 4,9% e FGV 5,8%.
Se você continuar olhando na tabela a seguir, verá que tem assuntos que algumas bancas cobram mais e outras menos.
Como as bancas costumam dar pesos diferentes para assuntos diferentes e, ainda assim, cobrar de forma diferente o mesmo assunto é importante você ter uma intimidade com a banca. Então é essencial que você escolha um curso preparatório voltado para a sua prova ou de preferência um livro voltado para a sua banca. Por que estudar Língua Portuguesa para concurso é muito diferente de estudar Língua Portuguesa para a vida.
Uso da gramática
Tome muito cuidado com a gramática. Por que muitas pessoas quando começa estudar Língua Portuguesa para concurso, a primeira coisa que faz é comprar um livro de Gramática pesada. Compra uma Gramática cheia de exercícios achando que vão dominar Língua Portuguesa e a partir dali acertar tudo. E isso é uma estratégia ruim!
Veja bem, um motivo é que as bancas costumam cobrar os assuntos de maneiras diferentes e outro é que a abordagem gramatical é muito diferente da abordagem de uma prova de concurso público. Você pode sim comprar uma boa Gramática, de preferência voltada para concurso público, mas essencialmente para tirar dúvidas, assim como um dicionário atualizado.
Aprofundar os estudos somente dentro de um livro de gramática é praticamente uma perda de tempo. E você precisa utilizar o seu tempo precioso para estudar para concurso.
Os livros acadêmicos possuem uma abordagem mais didática com um contexto muito diferente dos livros voltados para concursos. Resumidamente compre sua gramática, mas não estude a partir dela.
Interpretação
Aprenda interpretação de texto! A interpretação de texto é no mínimo 30% da prova. Se você tem dificuldade com interpretação de texto, preste bastante atenção a seguir.
Para você conseguir interpretar bem um texto, precisa aprender a parafrasear, ou seja, saiba reescrever o texto com suas próprias palavras o que o texto fala.
Qual o sentido disso? Bem, existem três tipos de vocabulário, coisas e palavras que você sabe, ou seja, um deles é o vocabulário desconhecido (não conhece), vocabulário ativo (fala e escreve) e o vocabulário passivo (ouve, entende, mas não escreve e não fala dele).
Acontece que o cérebro costuma ter dificuldade de fazer conexões e interpretar informações quando o vocabulário é desconhecido, obviamente e quando o vocabulário é passivo. Por isso que é importante escrever com as suas próprias palavras, para internalizar melhor o estilo dele e conseguir compreender melhor.
Como o vocabulário é muito importante para a interpretação, você precisa dar sentido as palavras de uma maneira que o seu cérebro consiga saber do que se trata.
As bancas fazem muito disso, colocam palavras desconhecidas ou palavras complexas para você se perder na palavra e não entender o sentido do texto. Ao você conseguir extrair sinônimos que façam sentido e que sejam vocabulários ativos para você substituir vai ajudar muito na sua interpretação. E com o tempo você vai fazer isso de cabeça e não terá muitos problemas. Com o tempo você vai automatizar esse método de parafrasear.
Esse método de parafrasear funciona principalmente para frases com vocabulários muito pesados. Existem três métodos de parafrasear: resumo, resenha e esquema. Outra vantagem de usar o método da paráfrase é que com o tempo você ganha velocidade e consegue melhorar até mesmo a estrutura da sua redação.
Principais Conteúdos: O que você precisa saber?
Em cada concurso os conteúdos cobrados seguem um conceito conforme o nível de escolaridade exigida para cada função. E conforme a função, você precisa ter a capacidade de dominar alguns assuntos. Por isso, dividimos os conteúdos de Português conforme o nível de escolaridade. Veja:
- Concurso de nível fundamental: fonologia; ortografia; acentuação; semântica (sinônimos, antônimos e fatos da língua culta); classes de palavras (mera identificação delas e conjunções); aspectos básicos da análise sintática, da concordância, da regência e da crase.
- Concurso de nível médio: tipologia textual (dissertação argumentativa e suas características); coesão e coerência (pronomes e conjunções); emprego e colocação de pronomes (pessoais, demonstrativos e relativos) e verbos (conjugação de certos verbos, correlação verbal, voz verbal, emprego de tempos e modos verbais); conjunções; preposições; sintaxe do período simples e composto; partícula SE (principalmente a apassivadora e a indeterminadora) e QUE (principalmente conjunção integrante e pronome relativo); pontuação (vírgula); concordância (verbal); regência.
- Concurso de nível superior: tipologia textual (dissertação argumentativa e suas características); coesão e coerência (pronomes e conjunções); emprego e colocação de pronomes (pessoais, demonstrativos e relativos) e verbos (conjugação de certos verbos, correlação verbal, voz verbal, emprego de tempos e modos verbais); conjunções; preposições; sintaxe do período composto; partícula SE (principalmente a apassivadora e a indeterminadora) e QUE (principalmente conjunção integrante e pronome relativo); pontuação; (vírgula); concordância (verbal); regência (verbal); crase.
Ordem correta de estudos
Em outro artigo já falamos sobre a ordem correta para você estudar Português e conseguir construir o seu conhecimento. Mas grave bem a lista a seguir, direcionada para concursos e provas:
- Morfologia
- Sintaxe
- Concordância
- Colocação pronominal
- Regência
- Crase
- Pontuação
- Ortografia e acentuação