A discussão sobre a isenção do Imposto de Renda (IR) continua sendo um tema entre os trabalhadores, especialmente para quem enfrenta pressão direta no orçamento familiar.
No entanto, algumas mudanças podem ocorrer daqui em diante, pois, na última quarta-feira, dia 1º de outubro, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que amplia a isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil mensais.
E não é só isso: caso o projeto seja aprovado pelo Senado e pelo presidente Lula, trabalhadores com renda mensal de até R$ 7.350 também serão contemplados.
O que mudou com a nova faixa de isenção do Imposto de Renda?
Atualmente, apenas quem recebe até R$ 3.036 mensais está isento do IR. Com a possível aprovação do PL 1.087/25, esse teto sobe para R$ 5 mil, o que representa uma promessa cumprida pelo governo federal. Estima-se que mais de 26,6 milhões de contribuintes ficarão livres do imposto, ampliando para 65% a fatia de declarantes isentos no país a partir de 2026.
Esse novo patamar retira o desconto mensal do IR diretamente do contracheque. Quem antes recebia valores intermediários entre R$ 3.036 e R$ 5 mil, passará a ter um rendimento líquido maior, sem alterações na remuneração bruta.
Quanto cada faixa salarial deixa de perder com a mudança?
O impacto mais evidente está no orçamento mensal dos brasileiros. Para quem ganha até R$ 5 mil, a economia anual pode chegar a R$ 4.067, considerando o décimo terceiro salário. Isso equivale a mais de 80% do salário de um mês a mais no fim do ano, de acordo com cálculos de especialistas em contabilidade.
Pessoas com renda entre R$ 5.001 e R$ 7.350 também serão beneficiadas, porém em proporção menor, devido ao desconto progressivo que ainda incidirá sobre esse intervalo.
| Faixa Salarial (R$) | Valor Poupado/Mês (R$) | Economia Anual c/ 13° (R$) |
|---|---|---|
| Até 3.036 | — | — |
| 3.037 – 5.000 | Até 312,85 | Até 4.067 |
| 5.001 – 7.350 | até 20,00 | até 259,69 |
| Acima de 7.350 | Sem mudança | Sem mudança |
Por exemplo, quem recebe R$ 7 mil mensais, terá um ganho de pouco menos de R$ 20 ao mês. Já salários acima de R$ 7.350 permanecem sem alteração, mantendo a tributação normal.
Isenção Imposto de Renda 2025: o que muda para cada público
O impacto direto será sentido pelos trabalhadores, aposentados e pensionistas que estão na faixa de até R$ 5 mil. Esse grupo, antes tributado, terá aumento no salário líquido e mais poder de compra, além de simplificação no momento da declaração. Para quem já estava isento, não há alteração. Já os contribuintes com ganhos muito elevados, passarão a ser alvo de novas taxações progressivas sobre lucros e dividendos.
Consequências da nova regra para a economia familiar
O acréscimo nos rendimentos mensais tem potencial para movimentar a economia, aumentando o consumo e possibilitando a reorganização das finanças domésticas. O benefício direto é a eliminação do desconto na folha, facilitando o planejamento financeiro a longo prazo.
Nova isenção do IR e impacto nos cofres públicos
Com a ampliação da faixa de isenção, o governo prevê uma redução de aproximadamente R$ 25,8 bilhões na arrecadação federal em 2026. Para equilibrar esse efeito, está programada a cobrança de alíquotas progressivas para rendimentos acima de R$ 600 mil anuais, afetando principalmente os chamados “super-ricos”.
A taxação de lucros e dividendos, até então isentos, será de 10% para valores de distribuição superiores a R$ 50 mil ao mês por sócio, promovendo maior justiça tributária sem prejudicar quem está nas faixas de menor renda.
Quem será beneficiado na prática?
A principal vantagem recai sobre o trabalhador assalariado, aposentados e pensionistas da iniciativa privada e do setor público, além de autônomos que se enquadram na nova faixa de isenção. Estima-se que quase 10 milhões de brasileiros passem a integrar esse grupo de isentos a partir de 2026, fortalecendo o poder de compra das famílias brasileiras.
Vale lembrar: para quem ganha acima de R$ 7.350, nada muda, pois seguem as regras da tabela progressiva atual.

Projeções para 2026: qual o real aumento salarial?
Os cálculos apontam que, para salários próximos ao novo teto de isenção, o ganho anual pode equivaler a praticamente um salário a mais em 12 meses, já incluindo o décimo terceiro. Na prática, é um incentivo ao planejamento financeiro e ao consumo consciente, ajudando no combate ao endividamento e à inadimplência.
Além disso, a desoneração amplia o leque de investimentos possíveis para famílias antes pressionadas pelo desconto obrigatório do IR.
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