A previsão meteorológica para Belo Horizonte e região metropolitana indica que o período chuvoso está prestes a começar. Contudo, o clima virá de forma mais severa e com características diferentes do que foi observado nos últimos anos. O fenômeno El Niño, reforçado pelas mudanças climáticas, está influenciando o padrão de chuvas fortes.
Ao contrário dos anos anteriores, em que havia vários dias consecutivos de precipitação, este ano a previsão é que a quantidade de chuva seja a mesma. O que diferenciará será o padrão de queda. As chuvas fortes serão mais concentradas e virão na forma de “pancadas”.
Belo Horizonte terá chuvas fortes nos próximos dias
A mudança de padrão para as tempestades na capital mineira significa uma alta quantidade de água em curtos períodos de tempo. Isso aumenta o risco de eventos extremos, como precipitações que causarão grandes estragos, alagamentos e inundações.
Neste início de outubro, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) já emitiu alertas de risco alto para alagamentos urbanos. Isso inclui inundações em rios e córregos, bem como alertas moderados para deslizamentos de terra, com quedas de barreira à margem de rodovias. O solo, devido às últimas chuvas, está mais suscetível a esses riscos.
Portanto, é importante que a população esteja atenta e tome medidas de precaução durante esse período chuvoso. Deve-se seguir as orientações das autoridades locais e se preparar para possíveis eventos climáticos extremos.
Alerta de riscos
As preocupações com a população, não só belo-horizontina, mas também de outras cidades brasileiras, são extremamente válidas. Elas destacam os desafios enfrentados pelas áreas urbanas durante períodos chuvosos intensos e imprevisíveis. O uso informal da terra e a ocupação de áreas vulneráveis aumentam significativamente o risco de tragédias, como deslizamentos e inundações.
a situação pode resultar em fatalidades, e isso é uma preocupação real. As chuvas intensas que são esperadas podem sobrecarregar as estruturas urbanas e causar problemas graves, mesmo em áreas formais da cidade. A existência de aproximadamente mil edificações em áreas de risco geológico em vilas e favelas é um indicativo das vulnerabilidades presentes.
É importante que as autoridades municipais, estaduais e nacionais estejam preparadas para lidar com esses desafios e implementem medidas de prevenção, mitigação e resposta a desastres naturais. A educação pública sobre como agir em situações de emergência também desempenha um papel crucial na proteção da população.
A situação enfatiza a necessidade de:
- Planejamento urbano adequado;
- Monitoramento climático contínuo;
- Ações coordenadas para proteger a vida e o patrimônio das comunidades afetadas por eventos climáticos extremos.
Calorão continua em outras regiões
As previsões meteorológicas para o mês de outubro indicam que as temperaturas em várias regiões do país serão diferentes da média histórica. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou um boletim com essas previsões.
Em estados como Mato Grosso, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí e o oeste da Bahia, as temperaturas devem ser superiores a 29ºC. No entanto, no sul de Mato Grosso do Sul e em algumas áreas da Região Sul, os termômetros devem registrar temperaturas próximas ou ligeiramente abaixo da média para o mês. Assim, haverá a possibilidade de valores inferiores a 20ºC em dias consecutivos, caso ocorram chuvas.
Quanto às chuvas, a previsão é de que nas regiões Norte e Nordeste, os volumes de chuva fiquem abaixo da média histórica, com menos de 70 milímetros. No Centro-Oeste e no Sudeste, a chuva deve retornar gradualmente, principalmente em estados como Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais.
Por outro lado, na Região Sul, há uma probabilidade de grande quantidade de chuva. O destaque vai para o Rio Grande do Sul, onde são previstos volumes acima de 250 milímetros.
É importante destacar que essas variações climáticas podem estar relacionadas ao fenômeno El Niño. Ele afeta a circulação de ventos e o movimento das frentes frias no território brasileiro, mantendo-as estacionadas por mais tempo na Região Sul. Essa é uma explicação fornecida pelo Inmet para os padrões climáticos observados.