No mês de maio, a cesta básica mais cara encontrada no país foi localizada em São Paulo, estes são dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Dentre as 17 capitais brasileiras que são analisadas pela pesquisa, a cesta básica mais barata foi observada em Aracaju, onde o custo médio estava em R$ 548,38 em maio. Enquanto na capital paulista, o custo médio da cesta foi de R$ 777,93.
Além disso, dados do Dieese informam que devido a redução de quase 20% no preço do tomate fez com que a cesta básica dos alimentos ficasse 1,55% mais barata em Porto Alegre, também durante o mês de maio.
Mesmo com o alívio no valor do tomate, outros alimentos apresentaram alta no período atual. Dentre os 13 produtos pesquisados, oito ficaram mais caros. O aumento mais significativo foi na batata, que ficou 8,5% mais cara na Capital. A jornada de trabalho necessária para cobrir os custos da cesta básica em Porto Alegre é de 139 horas e 32 minutos.
O Dieese calcula que o salário mínimo necessário para cobrir os custos de uma família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência deveria ser de R$ 6.535,40, cerca de 5,39 vezes o valor atual.
Devido a alta da inflação, o governo federal apostou na redução de alíquotas de importação para tentar diminuir os preços internos. A medida, no entanto, não surtiu o efeito desejado, devido a pressões externas.
Segundo o IBGE, em maio, o grupo de alimentos respondeu por 0,32 ponto porcentual da alta de 0,59% do IPCA-15. A maior influência para a alta foi dos alimentos para consumo em casa. O Ministério da Economia já realizou dois cortes no imposto de importação de alimentos.
Em novembro de 2021, houve uma diminuição de 20% das taxas em mais de 6 mil itens até dezembro de 2023. No último mês, medida semelhante foi adotada, com a redução de 10% das alíquotas de importação do arroz, feijão e carne bovina.
A pesquisa sobre cestas básicas apontou que durante o mês passado, o preço da cesta caiu em 14 capitais brasileiras na comparação com o mês anterior. A queda mais expressiva foi observada em Campo Grande (-7,30%), seguida por Brasília (-6,10%), Rio de Janeiro (-5,84%) e Belo Horizonte (-5,81%). Por outro lado, a maior alta ocorreu em Belém, onde o custo da cesta subiu 2,99%, seguido por Recife (2,26%) e Salvador (0,53%).
Já na comparação anual, entre maio de 2021 e maio de 2022, o preço subiu em todas as capitais brasileiras que são analisadas pelo estudo. Em Recife, por exemplo, a variação chegou a 23,94%. Já em Vitória, o aumento foi de 13,17%, o menor valor observado entre as capitais.
Levando em conta a cesta básica mais cara do país, registrada em São Paulo, o Dieese calculou que o salário mínimo necessário para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, seria de a R$ 6.535,40, ou 5,39 vezes o mínimo de R$ 1.212,00.