Com a decisão do Governo Federal de reduzir os preços dos carros populares, a expectativa é de que ao menos 30 modelos tenham o valor reduzido nos próximos meses. Na última quinta-feira (25), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) deu mais detalhes sobre as medidas que serão tomadas neste processo de barateamento dos automóveis.
O projeto prevê uma redução de 1% a 10% nos preços dos carros de até R$ 120 mil. O tamanho do abatimento vai depender de uma série de pontos, como o preço do carro, o patamar de poluição que ele pode causar e a quantidade de peças produzidas no Brasil. Abaixo, listamos os 30 modelos que podem ter uma redução de preço.
- Fiat Mobi – R$ 68.990;
- Renault Kwid – R$ 68.990;
- Peugeot 208 – R$ 69.990;
- Fiat Mobi Track – R$ 72.290;
- Citroën C3 – R$ 72.990;
- Fiat Argo – R$ 79.790;
- Renault Stepway – R$ 79.990;
- Volkswagen Polo Track 2023 – R$ 81.370;
- Hyundai HB20 – R$ 82.290;
- Chevrolet Onix – R$ 84.390;
- Fiat Cronos – R$ 84.790;
- Volkswagen Novo Polo MPI 2023 – R$ 86.390;
- Renault Logan – R$ 89.560;
- Hyundai HB20 Sedan – R$ 91.890;
- Volkswagen Saveiro – R$ 94.490;
- Chevrolet Onix Plus – R$ 96.390;
- Toyota Yaris – R$ 97.990;
- Peugeot Partner Rapid – R$ 98.781;
- Fiat Strada Endurance – R$ 99.990;
- Fiat Pulse – R$ 100.990;
- Nissan Versa Sense 2023 – R$ 101.190;
- Peugeot 2008 – R$ 102.990;
- Chevrolet Spin – R$ 103.990;
- Volkswagen Novo Virtus – R$ 104.390;
- Fiat Strada Freedom – R$ 105.990;
- Citroën C4 Cactus – R$ 108.990;
- Fiat Cronos Precision – R$ 109.890;
- Nissan Versa Advance – R$ 110.490;
- Fiat Fiorino – R$ 111.990;
- Fiat Strada Volcano – R$ 112.990;
- Nissan Kicks – R$ 112.990;
- Renault Duster – R$ 112.990;
- Renault Oroch – R$ 115.900;
- Volkswagen T-Cross – R$ 116.550;
- Hyundai Creta – 116.560;
- Chevrolet Montana – R$ 118.690;
- Honda New City Sedan – R$ 118.700;
- Fiat Pulse Audace – R$ 119.990.
No Brasil, estima-se que ao menos 10 companhias vendem carros com preços de até R$ 120 mil. Como dito, são justamente estes modelos que devem ter os valores reduzidos pela lógica do novo programa do Governo Federal. De todo modo, é importante lembrar que o tamanho da redução deve variar a depender do modelo.
O que as montadoras dizem
Representantes de montadoras já adiantaram ao vice-presidente que os modelos dos carros populares já implicariam uma margem de lucro muito baixa para estas empresas. Contudo, depois do anúncio do Governo Federal, boa parte dos representantes admite que será possível aplicar uma redução do valor para o consumidor final.
Ao menos foi o que sinalizou o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite. Segundo ele, há motivos para estar confiante na redução dos preços, embora seja preciso considerar que o valor final será sempre definido por cada uma das companhias.
“O preço, cada montadora tem sua politica. Mas pelos números apresentados é muito possível termos preços abaixo de R$ 60 mil. Com essas reduções tributárias em discussão e um esforço conjunto de todo setor, é bem possível que tenhamos. Mas isso é uma questão de cada montadora, de cada fabricante”, declarou ele.
As medidas para baratear os carros
Depois de uma série de reuniões com os representantes das montadoras e com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) decidiu anunciar três medidas básicas para tentar reduzir os preços dos carros.
- Corte de impostos para reduzir o preço final de carro até R$ 120 mil em até 10,79%;
- Adoção da taxa referencial (TR) como taxa de juros para projetos de pesquisa e inovação;
- R$ 4 bilhões em financiamentos em dólar por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Sustentável (BNDES), voltados para empresas que trabalham com exportação.
Note que não está entre as medidas apresentadas a liberação do uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para o financiamento dos automóveis populares. A ideia estava sendo ventilada pelos empresários do setor, que acreditavam que a medida poderia reduzir os juros para o consumidor final.
Entretanto, houve uma forte reação por parte do Ministério do Trabalho. O Ministro Luiz Marinho (PT) se posicionou publicamente contra a medida.