Atualmente, é um objetivo bastante almejado por muitos brasileiros adquirir um veículo particular, especialmente se for um carro popular. Afinal, nos dias atuais, necessitamos de um automóvel para praticamente todas as atividades, seja trabalho, esporte ou lazer. Ademais, depender de transporte público pode ser bastante estressante.
Entretanto, é uma realidade amplamente conhecida que os carros não possuem um preço acessível no Brasil, sendo assim fora do alcance financeiro de muitos indivíduos. Por essa razão, um carro popular novo está sendo comercializado por um valor extremamente atrativo de R$ 14 mil. Contudo, é essencial que você esteja ciente de todos os pormenores a respeito deste veículo.
Que carro popular é esse que custa R$ 14 mil?
Em primeiro lugar, é importante mencionar que essa grande novidade ainda não está disponível no mercado brasileiro. Mas, trata-se de um veículo popular elétrico, que tem sido um enorme sucesso na China. Esse automóvel pode ser adquirido pelo valor de R$ 14 mil.
Estamos nos referindo ao incrível Wuling Mini EV, o veículo popular elétrico originário da China. Caso você não esteja familiarizado, um automóvel elétrico é um tipo de veículo que utiliza motores elétricos para sua propulsão.
O veículo é composto por um sistema primário de energia, um ou mais motores elétricos e um sistema para controle e regulação de velocidade ou torque. Desse modo, o Wuling Mini EV, produzido pela parceria SGMW (SAIC-GM-Wuling), chegou ao mercado.
Vale ressaltar que o Wuling Mini EV está disponível em diversas versões, variando desde uma versão básica até uma versão completa, denominada Gameboy 300km. O preço de entrada do Wuling Mini EV, incluindo a instalação da bateria, é de R$ 23.200.
No entanto, caso o consumidor opte por adquirir o veículo sem a bateria e utilize o serviço de assinatura, o preço cai para R$ 14.010 aproximadamente. Para concluir, essa opção acessível de automóvel foi lançada na China em 2021 e possui dimensões de 2,92 metros de comprimento e uma distância entre eixos de 1,94 metro.
Carros populares gerarão perdas de milhões
No dia 25 de maio, Geraldo Alckmin, atual vice-presidente da República e ministro responsável pelo Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, fez uma revelação. Os automóveis vendidos no Brasil por valores inferiores a R$ 120 mil serão contemplados com descontos em impostos.
Especialistas afirmam que essa iniciativa de fornecer incentivos fiscais à indústria automotiva vai de encontro à agenda estabelecida pelo Ministério da Fazenda. Segundo Gabriel de Barros, economista-chefe da Ryo Asset, a expectativa é de que essa regra permaneça em vigor por um período de três a quatro meses. Isso pode resultar em uma perda de arrecadação pública entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões durante esse intervalo.
“Há sempre uma preocupação no mercado de que a medida provisória seja prorrogada. Caso seja efetivada e considerando que quatro meses acarretariam um custo de R$ 2 bilhões, em um ano o país poderia deixar de arrecadar cerca de R$ 6 bilhões“, ressalta o economista.
Ele destaca que esse valor representa uma quantia considerável adicional à renúncia fiscal, visto que o setor automotivo já usufrui de cerca de R$ 10 bilhões por ano. “Essa é uma afronta direta aos alicerces do sistema fiscal, que trabalha com a suposição de que o governo alcançará uma performance extraordinária na arrecadação por meio da reversão da renúncia fiscal.”
Em comunicado, o MDIC informou que a proposta visa reduzir o PIS, Cofins e IPI para veículos. Mas, apenas aqueles com preços de mercado até R$ 120 mil e deve ser implementada por meio de uma Medida Provisória.
Haddad fala sobre a proposta
Nesta última quinta-feira (01), Fernando Haddad, ministro responsável pela Fazenda, comunicou que Luiz Inácio Lula da Silva aprovou a fonte de financiamento proposta. Haddad assegurou que a questão será resolvida, no máximo, até segunda-feira (05).
De acordo com o ministro, a equipe econômica redesenhou o programa e o apresentou ao presidente Lula no mesmo dia. Atualmente, o programa está em tramitação nos ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, assim como na Fazenda, para posteriormente ser encaminhado à Casa Civil.
Os estudos internos do governo em relação ao programa de incentivo ao setor automotivo também contemplam a discussão sobre a possível redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Este é aplicado nos financiamentos de veículos, conforme informado pelo secretário de MDIC, Uallace Moreira.
A medida para eliminar o tributo e facilitar empréstimos está sendo avaliada. Porém, o governo ainda não tomou uma decisão definitiva. O secretário enfatizou que a prioridade para reduzir o custo do crédito é a aprovação do novo marco de garantias pelo Senado, um projeto em tramitação no Congresso há mais de um ano.
“A única certeza é a redução do Pis/Cofins e IPI. A discussão sobre o IOF foi levantada, mas ainda não foi decidida.” No entanto, de acordo com Barros, o ministro Haddad possui uma estrutura fiscal fundamentada inteiramente na busca pela reversão de renúncias fiscais.
Na segunda-feira (29), Fernando Haddad, ministro da Fazenda, informou em entrevista aos jornalistas que apresentará “cenários” sobre os impactos econômicos do incentivo aos carros populares ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A palavra final sobre os detalhes da medida será tomada pelo presidente.
“Vamos apresentar ao presidente nesta semana. Já se passaram 15 dias, mas precisamos encerrar esse assunto nesta semana. Vamos mostrar a ele alguns cenários para que possa tomar a decisão“, declarou Haddad.